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Sent: Friday, October 26, 2001 11:29
PM
Subject: Iberoamericana de Física
Tenho uma grande notícia para os
integrantes da lista, principalmente para os amantes da física.
Terminou nesta sexta-feira (26/10), a tarde, a VI Olimpíada
Iberoamericana de Física e o Brasil obteve excelentes resultados: 2 ouros, 1
prata e 1 bronze. Os alunos e seus resultados são os seguintes:
Leonardo Leite Pereira (PA): medalha de
ouro
Lívia Maria Frota Lima (CE): medalha
de ouro
Martha
Priscilla Araújo de Moraes Torres (CE): medalha de
prata
Paulo Ribeiro de Almeida Neto (PA): medalha de
bronze
A Ibero deste ano foi realizada na
Bolívia e cada país é representado por até 4 alunos. São aplicadas duas
provas: uma teórica e uma experimental. Para vocês terem uma idéia, ano
passado (em sua 1a. participação) o resultado do Brasil na Ibero (que foi na
Espanha) foram 3 menções honrosas, o que mostra um grande crescimento em
apenas 1 ano. Vale destacar também que este ano o Brasil conquistou
sua primeira menção honrosa na Olimpíada Internacional de Física, com o aluno
Guilherme Pimentel, que incluisive participa desta lista de discussão. Uma
curiosidade é que um dos critérios para participar da Ibero é nunca ter
participado da Internacional.
O comentário é que a prova teórica
deste ano estava mais fácil que a dos anos anteriores. Por sorte dos alunos
brasileiros a prova experimental da Ibero era baseada na mesma
experiência feita por estes mesmos alunos na Olimpíada Brasileira do ano
passado, que é determinar o coeficente de restituição do choque de uma bolinha
com o solo (que é bem simples, para dizer a verdade). A expectativa agora é
que ano que vem algum brasileiro ganhe nossa primeira medalha na
Internacional.
A Martha e o Paulo também se dão bem
com matemática. A solução que está no site da OBM para a questão 1 da 3a. Fase
do Nível 3 da OBM 2000 é da Martha. O Paulo foi medalha de bronze no Nível 3
da OBM 2000.
Algo que deve ser destacado é a
importância da Olimpíada Brasileira de Matemática para o desenvolvimento de
outras olimpíadas de ciências no Brasil (Física, Astronomia, Informática
e futuramente Biologia). É inegável que o funcionamento de todas estas
olimpíadas em parte é fundamentado no que a OBM já faz (e com muito êxito) a
um certo tempo. Desde o sistema de coordenadores regionais, provas enviadas
pelo correio, possibilidade de participação para qualquer interessado (não
existindo limitação do número de alunos por colégio), seletivas para as
olimpíadas internacionais, preparação para as olimpíadas internacionais (a de
Física e a de Astronomia possuem uma Escola de Inverno, semelhante à Semana
Olimpíca da OBM), quase tudo é semelhante ao que a OBM possui. Talvez a
Olimpíada de Química seja a única que fuja um pouco deste sistema. Por
isso, toda vez que algum aluno brasileiro consegue algum destaque em nível
internacional em qualquer olimpíada de ciências deve-se lembrar que, lá
no fundo, a OBM possuiu uma participação nesta vitória, pelo simples fato de
ser a precursora deste programa de olimpíadas de ciências que temos no
Brasil.
Por fim, desejo parabéns aos alunos
que tão bem representaram nosso país e também a todos os professores que,
direta ou indiretamente, contribuiram para este resultado. Não podemos
esquecer também o bom trabalho que vem realizando a Sociedade Brasileira de
Física na realização da OBF. Se não me engano ano passado 25 mil alunos
fizeram a primeira fase da OBF, e olha que era somente a sua segunda
edição.
Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira
Coordenador Regional da OBM no Pará