Tenho uma grande notícia para os
integrantes da lista, principalmente para os amantes da física.
Terminou nesta sexta-feira (26/10), a tarde, a VI Olimpíada Iberoamericana
de Física e o Brasil obteve excelentes resultados: 2 ouros, 1 prata e 1 bronze.
Os alunos e seus resultados são os seguintes:
Leonardo Leite Pereira (PA): medalha de
ouro
Lívia Maria Frota Lima (CE): medalha de
ouro
Martha
Priscilla Araújo de Moraes Torres (CE): medalha de
prata
Paulo Ribeiro de Almeida Neto (PA): medalha de
bronze
A Ibero deste ano foi realizada na
Bolívia e cada país é representado por até 4 alunos. São aplicadas duas provas:
uma teórica e uma experimental. Para vocês terem uma idéia, ano passado (em sua
1a. participação) o resultado do Brasil na Ibero (que foi na Espanha) foram 3
menções honrosas, o que mostra um grande crescimento em apenas 1 ano.
Vale destacar também que este ano o Brasil conquistou sua primeira
menção honrosa na Olimpíada Internacional de Física, com o aluno Guilherme
Pimentel, que incluisive participa desta lista de discussão. Uma curiosidade é
que um dos critérios para participar da Ibero é nunca ter participado da
Internacional.
O comentário é que a prova teórica
deste ano estava mais fácil que a dos anos anteriores. Por sorte dos alunos
brasileiros a prova experimental da Ibero era baseada na mesma experiência
feita por estes mesmos alunos na Olimpíada Brasileira do ano passado, que é
determinar o coeficente de restituição do choque de uma bolinha com o solo (que
é bem simples, para dizer a verdade). A expectativa agora é que ano que vem
algum brasileiro ganhe nossa primeira medalha na Internacional.
A Martha e o Paulo também se dão bem
com matemática. A solução que está no site da OBM para a questão 1 da 3a. Fase
do Nível 3 da OBM 2000 é da Martha. O Paulo foi medalha de bronze no Nível 3 da
OBM 2000.
Algo que deve ser destacado é a
importância da Olimpíada Brasileira de Matemática para o desenvolvimento de
outras olimpíadas de ciências no Brasil (Física, Astronomia, Informática e
futuramente Biologia). É inegável que o funcionamento de todas estas olimpíadas
em parte é fundamentado no que a OBM já faz (e com muito êxito) a um certo
tempo. Desde o sistema de coordenadores regionais, provas enviadas pelo correio,
possibilidade de participação para qualquer interessado (não existindo limitação
do número de alunos por colégio), seletivas para as olimpíadas internacionais,
preparação para as olimpíadas internacionais (a de Física e a de Astronomia
possuem uma Escola de Inverno, semelhante à Semana Olimpíca da OBM), quase tudo
é semelhante ao que a OBM possui. Talvez a Olimpíada de Química seja a única que
fuja um pouco deste sistema. Por isso, toda vez que algum aluno brasileiro
consegue algum destaque em nível internacional em qualquer olimpíada de ciências
deve-se lembrar que, lá no fundo, a OBM possuiu uma participação nesta
vitória, pelo simples fato de ser a precursora deste programa de olimpíadas de
ciências que temos no Brasil.
Por fim, desejo parabéns aos alunos
que tão bem representaram nosso país e também a todos os professores que, direta
ou indiretamente, contribuiram para este resultado. Não podemos esquecer também
o bom trabalho que vem realizando a Sociedade Brasileira de Física na realização
da OBF. Se não me engano ano passado 25 mil alunos fizeram a primeira fase
da OBF, e olha que era somente a sua segunda edição.
Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira
Coordenador Regional da OBM no Pará
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