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 Carlos Nehab wrote:
 Oi, Alonso,
O que eu argumentei (e talvez não tenha sido claro) é
sobre o "processo mental" que levou à solução usando
matrizes.
 Ainda acho que a solução apresentada foi conseqüência
da percepção de que polinômios característicos
usados na solução das recorrências, solução
tipica para elas, podem ser "olhados" em outro domínio de conhecimento
- e ai se deu a mudança de paradigma - o uso do polinômio
característico no universo das transformações linares...
 Mas é claro só mesmo o Nicolau para responder a isto:
ou seja, como as coisas rolaram em seus "neurônios"... (e me surprenderá
se ele responder como "rolaram" suas sinapses para bolar a referida solução...:-)
    
   Exatamente!  Nicolau deve ter  observado alguma
relação de correspondência, ou seja,
 algum "morfismo" entre essas duas áreas.  Esse tipo de
visão é típica de pessoas com
 pensamento abstrato bastante desenvolvido. Ainda não entendi
exatamente como ele faz
 essas soluções, ou seja, como implicitamente ele constrói
esses "morfismos"...  É surpreendente
 e interessante, de qualquer forma.
[]s/
  
 Quanto à segunda parte de seu email, não há o
que discutir: naturalmente a questão relevante não é
calcular o limite (que quase sempre é facílimo).  O
problema é mostrar que ele existe, como eu acho que foi o que você
pontuou..
Abração,
 Nehab
 ralonso escreveu:
 Olá
Nehab:
       Dei uma olhada no documento, mas o "pulo
do gato" é mesmo o uso
 de matrizes.  Em relação a frações
contínuas basta notar que
 lim (n--> oo)  x_{n+1} = lim (n-->oo)  x_n  = 
x.
       Assim x = 4 - 3/x,  ==>  x^2
-4x + 3 = 0.
    x = 1 ou x=3.  Agora
 precisa-se analisar a estabilidade nestes dois pontos.  Um deles
 é um atrator.  Note que resolver a equação
 é também uma forma de resolver alguns limites de forma
 mais simplificada.
 []s
Carlos Nehab wrote:
 Oi, Alonso,
Não sou o Nicolau, mas vou responder (qq coisa ele me corrigirá)...
 O Nicolau já nos brindou há algum tempo com uma solução
muito bonita e seguindo esta mesma linha de raciocícinio (usando
matrizes) para resolver recorrências.
 (veja no final de http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.200706/msg00204.html).
 Quanto a sua pergunta, as "equações de diferenças"
podem ser usadas mas acho "bala de canhão" para este particular
exercício.    Se você tiver alguma familiaridade
com Frações Contínuas...  Veja:
 A recorrência dada indica que  x_n =   4 -  
3 / (4  -  3 / (4 -  3/ .....)) ,
 que é uma fração contínua onde se você
escrever  x_n = p_n/q_n  (que é usual no estudo das frações
contínuas e foi um dos truques usados pelo Nicolau), você
obtém:
 p_n+1 = 4.p_n - 3.q_n   (1)   e
 q_n+1 = p_n                   
(2)
 Ai fica fácil (neste exercício, especialmente) resolver
estas recorrências, mas não a original, que é feiosa. 
"Olhando" para x_n como p_n/q_n se eliminou a "deconfortável" parcela  
1/x_n da recorrência original.   Ou seja, as recorrências 
para p_n e q_n são banais.
 Se você substituir (2) em (1)  o problema acabou... Você
obtém  p_n+1 = 4.p_n  - 3.p_n-1, cuja solução
é simples, e cujo polinômio característico coincide
com o usado pelo Nicolau, embora com o "olhar" dele nas matrizes...
 O legal mesmo da solução do Nicolau (no meu entendimento
- se eu estiver equivocado ele me corrigirá...) é ter este
outro "olhar" do polinômio característico para os zilhões
de exercícios que usam recorrência.
 Se quiser dê uma olhada em www.obm.org.br/eureka/artigos/recorrencia.doc
você verá dezenas de relações de recorrências
e seus truques... (mas sem o fecho do problema com matrizes).
 Abraços,
 Nehab
  
 Olá
Nicolau.
"Se x_n = p/q então x_{n+1} = p'/q' onde [p',q'] = A [p,q]."
 Bastante criativa sua solução de associar o vertor (p,q)
 ao racional p/q.   Existe alguma outra forma de fazer? Digamos
 usando conceitos de equações de diferenças? 
Aparentemente
 daria para fazer uma analogia da equação de diferenças
  x_n *  x_{n+1} = 4 x_n - 3
 com x_n diferente de zero, com uma equação diferencial
do tipo
     y y' = 4 y - 3 .
  
  
 "Nicolau C. Saldanha" wrote:
 On Mon, Oct 15, 2007 at 12:41:03AM -0300, hpsb@xxxxxxxxxxxxxx
wrote:
 > Achei esse problema em um livro de Análise e estou tendo dificuldades
em
 > resolvê-lo. É possível achar o termo geral em
função de a_1 e n?
 >
 >
 >
 > Seja (x_n) uma seqüência definida indutivamente por x_1
> 3 e
 > x_{n+1} = 4 - 3/x_n, n natural.
[Omitindo o resto do enunciado]
 Não é necessário achar o termo geral para resolver
o problema
 mas como você pediu o termo geral aqui vai.
 Considere a matriz 2x2 A = [[4,-3],[1,0]].
 Se x_n = p/q então x_{n+1} = p'/q' onde [p',q'] = A [p,q].
 Assim devemos calcular A^n.
 Os autovalores de A são 1 e 3 com autovetores [3,1] e [1,1].
 Sejam X = [[3,1],[1,1]] e X^(-1) = (1/2) [[1,-1],[-1,3]].
 Temos X^(-1) A X = [[3,0],[0,1]] donde
 A^n = X [[3^n,0],[0,1]] X^(-1) =
 = (1/2) [[3^(n+1)-1,-3^(n+1)+3],[3^n-1,-3^n+3]].
 Assim
 x_n = ((3^(n+1)-1)x_0+(-3^(n+1)+3))/(2*((3^n-1)x_0+(-3^n+3))).
 []s, N.
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 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar
a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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