----- Original Message ----- 
  
  
  Sent: Sunday, September 08, 2002 11:24 
  AM
  Subject: RE: [obm-l] violencia 
  
  Bom, com 
  relação à primeira questão. Comecemos pela segunda parte e suponhamos, 
  conforme vc disse, que cada bandido tenha um número finito de inimigos. Vou 
  supor que, embora variando com o bandido, este número é conhecido para cada 
  bandido.
  Escolha um 
  bandido. Isto é possível pois há infinitos (Meu Deus!!) Dado que este bandido 
  tem um número finito de inimigos e existem infinitos bandidos, podemos 
  escolher um bandido que não seja inimigo dele. Logo, a base de nosso processo 
  indutivo está formada.
  Suponhamos 
  agora que, para algum natural n, tenhamos escolhido n bandidos tais que 
  ninguém seja inimigo de ninguém. Suponhamos. Ora, cada um destes n bandidos 
  tem um número apenas finito de inimigos. Logo, o número total de bandidos que 
  são inimigos de um destes n bandidos escolhidos é finito - pois é a soma de n 
  parcelas finitas.. 
  Mas, temos 
  infinitos bandidos, de modo que podemos escolher um que não seja inimigo de 
  nenhum dos n que já escolhemos (e, é 
  claro, que  não seja um membro deste conjunto de n que escolhemos).  Com isto, obtemos n +1 bandidos distintos tais que, 
  neste conjunto, ninguém vai matar ninguém. 
  A "ponte" de 
  nosso processo indutivo está portanto formada, e mostra que nosso processo de 
  escolha pode prosseguir indefinidamente. OK? Podemos dizer que geramos um 
  seqüência B_n de bandidos tal que, dados quaisquer naturais m e n, com 
  m<>n, então B_n não quer matar B_m. Estou assumindo, implicitamente, que 
  ninguém quer cometer suicídio. 
  A primeira 
  parte de sua 1a questão é um caso particular da segunda, obtida quando cada 
  bandido tem apenas um inimigo.
  Espero ter 
  ajudado
  Artur