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[obm-l] Re: Relatividade



Wallace Martins writes: 

> Wallace Martins writes:  
> 
>> 
>> Olá pessoal,   
>> 
>>       fiquei sabendo (não sei se muito tarde - através do GLOBO CIÊNCIA)
>> que os Físicos já conseguiram "fazer experiências com ondas" que caminham 
>> numa velocidade
>> MAIOR do que a velocidade da LUZ (c). Isto, é claro, vai de encontro com 
>> a
>> teoria da Relatividade (chega-se a vários absurdos).   
>> 
>>       A reportagem que li fala de um professor da UNICAMP que está
>> envolvido com tais estudos. O pessoal já está falando em reformular a
>> teoria da Relatividade.   
>> 
>>       Queria saber se os senhores têm alguma informação; esclarecimentos
>> também são válidos.   
>> 
>>       Um abraço,   
>> 
>>   
>> 
>>                               Wallace Martins
>>               Estudante de Engenharia Eletrônica e de Computação/UFRJ 
>> =========================================================================
>> Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
>> http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
>> =========================================================================
>  
> 
> Segue-se a reportagem:  
> 
> Isso é Física - Ondas X  
> 
> Velocidade da luz, ultrapassada?  
> 
> O fato ocorreu num experimento realizado pelos cientistas Peeter Saari e 
> Kaido Reivelt, do Instituto de Física de Tartu, na Estônia. Trabalhando 
> num dos mais sofisticados laboratórios de óptica do mundo, eles produziram 
> uma emissão luminosa que viajou no espaço com velocidade 0,002% maior do 
> que a da luz. Esses sinais, já batizados com o nome de "ondas X" ou "ondas 
> superluminais", podem provocar uma revolução nas telecomunicações e 
> colocam em xeque um dos mais importantes modelos científicos deste século, 
> a teoria da relatividade.  
> 
> Além de transportar informações numa velocidade maior do que a da luz, a 
> principal vantagem tecnológica da onda superluminal é que ela praticamente 
> não se abre. Seu conteúdo energético fica concentrado num volume restrito 
> durante toda a propagação. "Isso faz com que as informações cheguem ao 
> receptor quase sem distorções. A grande novidade do experimento de Saari e 
> Reivelt é que, nele, a onda superluminal propaga-se livremente no espaço. 
> Porque, em condições especiais de confinamento, sinais mais rápidos do que 
> a luz já haviam sido criados em laboratório. O primeiro deles foi 
> conseguido em 1992 pelo físico alemão Günter Nimtz, diretor do Instituto 
> de Física da Universidade de Colônia. Como Aquiles, o herói da mitologia 
> grega, essa superteoria tem, porém, o seu ponto vulnerável.  
> 
> E o "calcanhar de Aquiles" da relatividade é sua incompatibilidade com a 
> existência de sinais mais rápidos do que a luz. "Quando se tenta juntar 
> uma coisa e outra, chega-se a situações paradoxais, que violam gravemente 
> um dos mais importantes pressupostos da ciência, o princípio da 
> causalidade", diz o físico e historiador da ciência Roberto Martins, 
> professor de teoria da relatividade da Unicamp-SP.  
> 
> Para ter idéia do que isso significa, imagine o seu avião voando entre 
> duas torres distantes. Ao sobrevoar o meio do caminho, você vê as luzes 
> das duas torres piscarem. Um observador parado no chão, bem em baixo do 
> seu aparelho, dirá que as piscadas foram simultâneas. E com razão, pois os 
> sinais luminosos chegam a ele no mesmo instante, após percorrerem 
> distâncias iguais. Para você, que está em movimento, porém, a distância 
> entre as duas torres só se torna igual neste exato momento. Uma fração de 
> segundo antes, quando as luzes se acenderam, a torre à sua frente estava 
> um pouco mais longe do que aquela que ficou para trás. Logo, se os sinais 
> luminosos chegaram juntos, foi porque a torre à sua frente piscou 
> primeiro.  
> 
> Os dois raciocínios são rigorosamente verdadeiros cada qual no seu sistema 
> de referência. A contradição entre os resultados pode ser perfeitamente 
> explicada pela teoria especial da relatividade. Até aqui, nada a ver com 
> fenômenos superluminais. Para introduzi-los na história, imagine agora que 
> as duas piscadas não são eventos independentes, mas expressam uma relação 
> de causa e efeito: a torre de trás pisca no instante em que envia um sinal 
> S, mais rápido do que a luz, para a torre da frente e esta pisca ao 
> recebê-lo. Como não há limite para a velocidade do sinal, ele pode ser tão 
> rápido que o intervalo de tempo entre as piscadas fique menor do que 
> qualquer grandeza mensurável.  
> 
> O observador parado no chão poderá, então, identificar os eventos como 
> simultâneos. Aplicando a teoria da relatividade, porém, você continua 
> deduzindo que a torre da frente piscou antes. Ou seja: no seu referencial, 
> o efeito (a recepção do sinal) precede a causa (sua emissão). "Isso 
> constitui aquilo que os físicos chamam de anomalia causal do primeiro 
> tipo", informa Roberto Martins. "Para quem está no avião, a torre da 
> frente pisca sem motivo aparente e só depois o operador da torre de trás 
> aperta o botão que emite o sinal superluminal.  
> 
> Ele já não é mais livre para apertar o botão a qualquer momento. Tudo se 
> passa como se o seu gesto fosse comandado por um sinal superluminal S', de 
> sentido contrário, que saísse da torre da frente no instante em que ela 
> pisca." Com o intuito de facilitar a apresentação do problema, fizemos o 
> avião sobrevoar o ponto médio no instante preciso em que as emissões 
> luminosas chegavam até ele. A conclusão de que a torre da frente pisca 
> primeiro independe, porém, desse fato.  
> 
> Ela decorre tão somente do sentido do movimento do aparelho. Suponha, 
> então, que seu avião esteja tão próximo da torre da frente que a luz 
> emitida por ela chegue até você antes do suposto sinal S' atingir a torre 
> de trás. E que, ao receber essa emissão, você envie imediatamente um 
> segundo sinal superluminal, S", ainda mais rápido do que S', para a 
> referida torre. Ele poderia atingi-la antes de o operador apertar o botão.  
> 
> Exercite um pouco mais sua fantasia e imagine que exista uma bomba 
> instalada no local. O sinal S" poderia detoná-la, destruindo a aparelhagem 
> e impedindo, para sempre, que o operador apertasse o botão que deu início 
> a todo o processo. A incrível onda X: o sinal mais rápido que a luz. O 
> amanhã já aconteceu. Foi emitida no ara superluz que desafia a teoria da 
> relatividade.  
> 
> (Copyright 1999 © Editora Globo S.A.) Por José Tadeu Arantes  
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> Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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