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 Uma desigualdade é dita simétrica se ao 
trocar de ordem as variáveis a desigualdade não se 
altera. 
Ex.: a^2 + b^2 + c^2 >= ab+ac+bc. 
OBS: É interessante termos uma desigualdade simétrica nas 
variáveis, pois podemos supor sem perda de generalidade que elas 
estão numa certa ordem. No exemplo que eu dei, vc pode supor a >=b 
>=c ( é claro que há 1001 maneiras de provar essa desigualdade 
sem isso ). 
Agora, vamos olhar para desigualdades de outra maneira. 
Deixe todas as variáveis de um lado da inequação. Desse 
lado tem-se uma função de várias variáveis. 
 
Ex.: Em a^2 + b^2 + c^2 >= ab+ac+bc, faça 
F(a,b,c) = a^2 + b^2 + c^2 - ab-ac-bc. Vc quer provar que F(a,b,c)>=0, para 
quaisquer a,b,c. 
Uma função é dita 
homogênea de grau n, quando f(ta,tb,tc)=t^n * f(a,b,c).  
A desigualdade acima é então homogênea  de grau 
2. 
Eu acho que o grau não importa muito. O que interessa é se 
ela é homogênea ou não.  
Por exemplo, na desigualdade acima, note que F(ta,tb,tc)>=0 se e somente 
se F(a,b,c)>=0. Então podemos fazer algumas 
normalizações ( fizar a soma das variáveis, fixar uma das 
variáveis, etc...). 
No exemplo dado, faça a=1, b=1+x, c=1+y. Ficamos com 
F(1,1+x,1+y)=x^2+y^2-xy=(x-y/2)^2 + (3y^2)/4 >=0. 
Outro exemplo bastante significativo é o problema 2 desta 
última IMO. Era uma desigualdade homogênea ( de grau 0, o que 
não importa ). Daí, era legal fazer a+b+c=1, o que nos 
possibilitava usar a desigualdade de Jensen... e assim vai. A moral da 
história é : fique feliz se a desigualdade for simétrica ou 
homogênea, pois você ou pode matar o problema direto, ou pode cair 
num problema mais fácil. :) 
Espero não ter errado alguma definição,  
Abraços,  
Villard 
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