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Re: Possível injustiça



Gostaria de acrescentar as observacoes do Nicolau o seguinte:
Todos os professores que trabalham nas Olimpiadas de Matematica nao ganham
nenhum dinheiro com isto. Todos os alunos que participam das Olimpiadas nao
ganham premios em dinheiro, apenas medalhas e diplomas. Alem disto, "perdem"
seu tempo de sabados, domingos e feriados para tentar resolver problemas
considerados dificeis ou impossiveis pela maioria, inclusive por nos,
professores
(quando  sao formulados por outros colegas). Ainda assim, so no Rio de
Janeiro,
mais de 3000 criancas e jovens participaram da 1a fase da OBM em 2000.
Trata-se de um fenomeno educacional impressionante, e que deveria constituir
um ponto de reflexao para todos nos, professores de Matematica. O que estao
esses jovens procurando na Olimpiada, e que certamente o ensino "normal" nao
lhes oferece?
Seria preciso alguem muito singular (para nao dizer cretino) para querer
fraudar um sistema como este, que nao envolve dinheiro. Tal fraudador
deveria empregar de modo mais "util" suas "habilidades" a este respeito. Mas
mesmo que isto ocorresse (e ja ouvi falar de um caso a nivel internacional),
as pessoas conhecedoras do sistema logo detectariam, principalmente se isto
ocorresse de forma sistematica, de forma a beneficiar sempre os mesmos (o
criminoso sempre volta ao local do crime). Em todo caso, sua duvida eh
procedente, e estah sempre na cabeca dos organizadores, que procuram tomar
os cuidados plausiveis.
Jose Paulo

-----Mensagem original-----
De: Nicolau C. Saldanha <nicolau@mat.puc-rio.br>
Para: obm-l@mat.puc-rio.br <obm-l@mat.puc-rio.br>
Data: Sábado, 2 de Setembro de 2000 14:30
Assunto: Re: Possível injustiça


>
>
>On Fri, 1 Sep 2000, Jorge Peixoto  Morais wrote:
>
>> Como é o sistema de pontuação da OBM nível 2? Eu não me lembro direito,
mas
>> acho que a 1ª fase vale 20 pontos, a 2ª 40 e a 3ª 300. E as duas
primeiras
>> não só servem para eliminar, como também contam seus pontos na
classificação
>> final. Se assim for, o que impede alguém de competir desonestamente, já
que
>> as duas primeiras fases são realizadas na escola?
>>
>
>Nós temos por princípio confiar na honestidade dos participantes e das
>escolas. Seria possível que uma escola favorecesse indevidamente
>seus estudantes sim, mas não acreditamos que isto ocorra freqüentemente.
>Note que o peso da terceira fase é muito maior exatamente
>para que eventuais desonestidades tenham um efeito mínimo.
>[]s, N.
>
>