Nicolau escreveu:
Tendo dito isto, a minha resposta favorita é que não existe definicão
satisfatoria de surpresa. A tentativa usual de definicão é que
o teste é surpresa se os alunos não tiverem como deduzir que o teste
deveria ser naquele dia. Ora, a "deducão" do aluno depende centralmente
do conceito de surpresa. Assim precisamos definir surpresa para definir
o que é uma deducão válida envolvendo o conceito de surpresa mas
precisamos da definicão de deducão válida para definir surpresa.
Há uma circularidade, e o paradoxo é a demonstracão de que a circularidade
não pode ser vencida dando alguma outra definicão equivalente ou sequer
parecida.
E se, digamos, você diz define surpresa com algo que não seja dedução válida ou envolva
outro conceito como por exemplo, o de sorteio. Você sorteia um dentre os seis dias da
semana e sabe que lá vai aplicar a prova. O aluno certamente não sabe desta forma qual
dia foi sorteado (somente o professor sabe) e como o aluno não "lê a mente do professor"
ele não pode dizer que sabia quando a prova seria aplicada, certo?
Nicolau escreveu:
>Aqui, novamente, acho que o ponto fraco é que nunca foi explicado direito
>o que é uma "descricão". E a descricão que queremos dar para N depende
>da definicão do que seja uma descricão. Novamente temos uma circularidade.
E se você definir descrição como uma frase sintaticamente correta que
torne o número único dentro de um contexto aritmético? A semântica da frase
está implicita na definição de descrição, porque ela define o número como único.
Neste caso não há circularidade, há? Se houver, onde ela pode estar?
Ronaldo
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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html=========================================================================