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RE: [obm-l] uma questao de Logica



Title: Re: [obm-l] uma questao de Logica

Eh exatamente isto. Mas interessante que eu apresentei esta questao a 10 pessoas, das quais 7 formadas em exatas(engenheiros e economistas) e 3 em humanas. Os formados em exatas afirmaram categoricamente que a direcao da empresa tinha razao e que o DP obviamente nao era do Tipo A. E nao aceitaram de jeito nenhum o argumento do funcionario...

Apenas uma moca, advogada, eh que achou que, por default, o DP era do tipo A.  Talvez porque ela trabalhe com situacoes em que hah ausencia de provas ou coisas similares. Na duvida, pro-reu.

A questao do conjunto vazio ser aberto eh interessante. Durante algum tempo eu achei que, segundo a definicao metrica, isto era discutivel, pois, se o vazio nao tem elementos, como pode um de seus elementos ser centro de uma bola aberta?   Mas acacbei me convencendo que ele eh mesmo aberto. Alias, em Topologia, o conjunto vazio, assim como o proprio espaco, sao abertos por definicao, pois pertencem aa topologia definida no espaco.

Outra ponto de logica nao muito intuitivo sao as afirmacoes chamadas de “vacuoulsly true” (nunca vi esta expressao em Portugues – seria “verdadeira no vacuo?”), como “Se x eh um numero real e x^2<0, entao x= 54”. Mas, neste caso, eh facil ver que a contrapositiva eh verdadeira.

Um abraco

Artur

 

 

O Depto. de Pessoal (DP) estah correto e apresenta um argumento muito comum em teoria dos conjuntos, especialmente quando o conjunto vazio estah envolvido.

A fim de provar que o DP nao faz juz ao abono, a direcao deverah apresentar um contra-exemplo: a saber, um engenheiro que trabalhe no DP e que seja formado ha menos de 10 anos. Como nao existe nenhum engenheiro lah, eh impossivel que a direcao apresente tal contra-exemplo.

Em outras palavras, o funcionario provou que eh impossivel que o DP nao faca juz ao abono. Logo, pelo principio do terceiro (ou meio) excluido, o DP necessariamente faz juz ao abono.

Um exemplo que deve soar bem familiar: o conjunto vazio eh aberto - a fim de que este nao fosse o caso, deveria haver um elemento no conjunto vazio...

Um abraco,
Claudio.

PS: Desfecho mais provavel do caso: como os diretores nao entendiam nada de logica, o argumento do funcionario do DP soou como um sofisma e uma tentativa de "passar a perna" na empresa. Resultado: o funcionario foi demitido por ter "bancado o engracadinho" e pra servir de exemplo pra outros possiveis "espertalhoes" e o DP nao ganhou um centavo.