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Re: [obm-l] Desigualdade



Title: Help
para k >= 4 temos:
(a_1+a_2+a_3+...+a_k)^2 >= 4(a_1a_2+a_2a_3+a_3a_4+...+a_k*a_1) = 4P
P = (a_1a_2+a_2a_3+a_3a_4+...+a_k*a_1) <= 1/4(a_1+a_2+a_3+...+a_k)^2
mas, a_1+a_2+a_3+...+a_k = 1, logo P <= 1/4
como tomando a1 = a2 = 1/2, a3 = a4 = ... = ak temos P = 1/4, para n >= 4 o valor máximo é 1/4.
 
a demonstração da desigualdade eu provei por indução numa outra mensagem pra lista.
----- Original Message -----
Sent: Monday, February 24, 2003 2:43 PM
Subject: [obm-l] Desigualdade

Caros JP, Domingos Jr. e Artur:
 
Só pra relembrar. O problema original é:
 
Maximizar: P = A(1)*A(2) + A(2)*A(3) + ... + A(n)*A(1)
Sujeito a: A(1) + A(2) + ... + A(n) = 1  e os A(i)'s reais não negativos.
 
Após alguma discussão, chegamos à conclusão de que se os A(i)'s fossem reais quaisquer, então P seria ilimitado e também conseguimos maximizar e minimizar a soma dos quadrados dos A(i)'s mas não chegamos a nenhuma conclusão sobre o problema acima, que me parece bem mais interessante.
 
Eu fiz alguma coisa para valores pequenos de n:
 
n = 2: 
Maximizar P = x*y
Sujeito a:  x + y = 1  (x,y >= 0)
 
Esse caso é fácil:
Pmax = 1/4 para x = y = 1/2 (pode-se usar MG <= MA).
 
----------------------
 
n = 3:
Maximizar: P = x*y + y*z + z*x
Sujeito a: x + y + z = 1  (x,y,z >= 0)
 
P é linear em cada uma das variáveis (dP/dx não depende de x, dP/dy não depende de y, etc.)
Além disso, dP/dx = y + z >= 0 (analogamanete para dP/dy e dP/dz).
Assim, acho que dá pra concluir que o valor máximo de P ocorre na fronteira do seu domínio (isso vale para qualquer n).
 
Fazendo z = 1 - x - y, teremos:
P = x*y + x + y - (x + y)^2  ==>
dP/dx = 1 - 2x - y = 0  ==>  2x + y = 1
dP/dy = 1 - x - 2y = 0  ==>  x + 2y = 1  ==>
x = y = 1/3 ==> z = 1/3 ==> P = 1/3.
 
d^2P/dx^2 = d^2P/dy^2 = -2 < 0  e d^2P/(dxdy) = 0  ==> máximo ==>
 
Pmax = 1/3  para x = y = z = 1/3.
 
----------------------
 
n = 4:
Max: P = x*y + y*z + z*u + u*x
S.a: x + y + z + u = 1  (x,y,z,u >= 0)
 
P = (x + z)*(y + u)
u = 1 - x - y - z  ==>
P = x + z - 2*x*z - x^2 - z^2  ==>
dP/dx = 1 - 2x - 2z
dP/dy = 0
dP/dz = 1 - 2x - 2z  ==>  x + z = 1/2  ==> y + u = 1/2
 
Pmax = 1/4  para quaisquer x, y, z, u tais que: x + z = 1/2 e y + u = 1/2.
 
-----------------------
 
n = 5:
Max: P = x*y + y*z + z*u + u*v + v*x
s.a.: x + y + z + u + v = 1  (x,y,z,u,v >= 0)
 
v = 1 - x - y - z - u  ==>
P = x + u - x^2 - u^2 - u*x - y*u - z*x + y*z  ==>
dP/dx = 1 - 2x - z - u = 0
dP/dy = -u + z = 0
dP/dz = -x + y = 0
dP/du = 1 - 2u - x - y = 0  ==>
1 - 2x - 2u = 0; z = u; y = x  ==>
x + u = 1/2;  z + y = 1/2  ==>  v = 0  ==>  P = x^2 + x*u + u^2
 
Agora, o problema se reduz a:
Max: P = x^2 + x*u + u^2
S.a: x + u = 1/2  (x,u >= 0)
 
Mas: P = (x + u)^2 - x*u = 1/4 - x*u <= 1/4, pois x e u são >= 0.
Igualdade <==> x = 0 ou u = 0 ==> Pmax = 1/4.
 
------------------
 
Para n >= 5, o meu chute é que Pmax = 1/4, mas não tive saco de generalizar a demonstração do caso n = 5.
 
O que vocês acham?
 
 
Um abraço,
Claudio.