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Re: [obm-l] circuito IME/ITA
Concerteza o ITA tem um dos melhores cursos de Engenharia do Brasil. Assim,
como a Unicamp e a USP. O fato de as vezes ocorrerem algumas revoltas, até
mesmo entre professores, é a prova de vestibular que sempre foge de assuntos
ditados em seu manual. Isso vale também para o IME.
Bom, eu tentei o ITA ano passado, e infelizmente, devido a química, que não
tenho consideração, não fui feliz. Mas, eu defendo o ITA e o IME em suas
provas difíceis já que eles não têm as provas normais como: História,
Geografia e Biologia para eliminar os candidatos. Portanto, se a prova fosse
do nível da Unicamp ou mesmo da Usp, vários canditados tirariam total, o que
é um absurdo, numa prova em que se quer eliminar canditados.
Ats,
Marcos Eike
----- Original Message -----
From: Eder
To: obm-l@mat.puc-rio.br
Sent: Saturday, September 14, 2002 2:25 PM
Subject: Re: [obm-l] circuito IME/ITA
Desculpem um pouco pelo off,apenas entrando nessa discussão sobre o
ITA,gostaria de dizer...
Ótimo email.O ITA é muitas vezes (em outras lista como uol.vestibular)
vítima de preconceitos,idéias equivocadas.Falam cada absurdo, que é
revoltante.Na minha opinião,essas pessoas não se julgam capazes ou não tem a
disposição necessária para entrar lá e ficam querendo desvalorizar a
instituição ou é simplesmente falta de informação (o que não autoriza a
inventar coisas).Já quem não se interessa por engenharia ou pelo ITA não
deveria tecer tais comentários.Não tem nada a ver!Não tem que ficar
falando!Deixem os outros em paz!
Foi um email bem oportuno para os pré-vestibulandos da lista,como eu (se bem
que eu já sabia muito sobre o ITA,tenho amigos lá e prestarei seu
vestibular neste ano).
Mais uma vez,valeu Francisco! Abaixo aos mitos sobre o ITA!
Eder
----- Original Message -----
From: Jose Francisco Guimaraes Costa
To: obm-l
Sent: Saturday, September 14, 2002 1:29 PM
Subject: [obm-l] circuito IME/ITA
Eu sou formado pelo ITA, e nesta qualidade gostaria de tecer alguns
comentários sobre o que foi dito na mensagem abaixo.
O ITA não deve ser considerado uma instituição militar. Embora subordinado
ao Comando da Aeronáutica, seu reitor é um cargo civil - nos seus 53 anos de
existência teve apenas um reitor militar, o então Brigadeiro Engenheiro
Tercio Pacitti, formado pelo ITA, muito mais educador do que militar, autor
do Fortran Monitor (livro que ensinou Fortran a milhares), e que, enquanto
reitor, não usava farda -, seus professores são civis, e atualmente forma
civis e militares, dependendo da opção que é feita quando o candidato se
inscreve no vestibular. Quem opta pela carreira civil está livre de qualquer
obrigação com a Aeronáutica quando se forma. Pode ir trabalhar onde bem
quiser. A única obrigação militar de todo aluno (e desde 95, aluna) do ITA é
cursar o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva da Aeronáutica no
primeiro ano, o que toma um dia por semana, única ocasião em que ele usa
farda.
É excelente o relacionamento entre o ITA e as empresas de uma maneira geral,
não só do ramo de engenharia. Há uns dez anos foi criada a Fundação Casimiro
Montenegro Filho (nome do idealizador e "fundador" do ITA), cujo principal
objetivo é desenvolver projetos de cooperação entre a "escola" (como nós
chamamos o ITA) e o mundo empresarial. Os resultados têm sido excelentes.
No ITA não há absolutamente nenhuma restrição acadêmica quanto à área de
ciências humanas. Durante o curso fundamental (dois primeiros anos) os
alunos são obrigados a frequentar matérias do Departamento de Ciências
Humanas, que também oferece matérias opcionais para quem quiser durante os
cinco anos do curso. Existe um centro acadêmico (Centro Acadêmico Santos
Dumont) ativo, que promove atividades culturais as mais variadas - de teatro
a concursos literários a shows a...
O curso do ITA é extremamente puxado. Isso, aliado ao isolamento do aluno do
ITA, que estuda, mora, come, pratica esportes, se diverte, enfim, vive
dentro do campus do CTA (Centro Técnico Aeroespacial) faz com que muitos
desistam nos primeiros meses, ou sejam desligados por problemas de
aproveitamento ao fim do primeiro período. E uma vez aqui fora, de volta
para sua cidade natal, ninguém vai dizer que não aguentou o ritmo, ou que
ficou com saudades de casa, ou que foi desligado por nota baixa.
O ITA "não tem dinheiro para nada" da mesma forma que, hoje em dia e desde
sempre, ninguém - nem nenhuma instituição - no Brasil tem dinheiro para
nada.
Eu sou suspeito para falar sobre o nivel dos cursos do ITA. Para quem quiser
ter uma idéia, sugiro conferir os resultados do provão.
JF
-----Mensagem Original-----
De: kenji yoshitaki <kenji@economics.zzn.com>
Para: <obm-l@mat.puc-rio.br>
Enviada em: Sexta-feira, 13 de Setembro de 2002 10:05
Assunto: Re:[obm-l] circuito IME
> Rafel,
> Bom,não quis de maneira alguma subestimar a competencia dos cursos do ime
e do ita, mas o fato de serem instituiçoes militares restringe muito o
relacionamento( e convenios) com as várias empresas do ramo da engenharia e
serviços em geral. Isso sem contar as restriçoes academicas com áreas de
humanas.
> Em relaçao aos meus colegas daqui da poli, um fez mais um semestre de
curso lá , e outro só fez alguns meses, ambos decidiram fazer cursinho de
novo pra entrar aqui, pq segundo eles nao compensava ficar mais dois anos
naquela historia de trabalhar pro exercito depois da formatura. E tb por
causa da crise que o exercito , aeronautica passam.. nao possibilatava
grandes investimentos na estrutura dos cursos tanto do ime como do ita.
Tenho um tio que é da embraer e da aula no ita, ele confirma tudo, na época
dele o ita nao tinha dinheiro pra nada...
> Nao sei pra que área vc vai , mas cursos como engenharia eletrica e
computaçao , vc deve saber que a Unicamp , por exemplo, é a melhor da
america latina.. Isso por que os investimentos nao vem apenas do governo ,
assim como aqui na poli, as empresas fazem parcerias que elevam a estrutura
dos cursos por meio de investimentos.
>
> E sobre o nível do curso , eu tb pensava que era maior no ita e ime, mas
depois vi o quão dificil é fazer ( bem feito) um curso de engenharia, pq na
verdade quem faz o nível é o próprio aluno. Depende apenas dele mesmo buscar
conhecimento e investir na sua formaçao.Isso vale tambem, buscar o "saber"
até mesmo em assuntos como história e geografia, porque nessa geraçao que
passamos, a sabedoria é o maior valor que alguem pode ter. Quem dessa lista
é engenheiro, matemático,etc..., deve saber o que estou dizendo.
>
> Bom é isso , qualquer outra opinião , pode mandar.
> Falow, um abraço!
>
>
> "A matemática é a mais alta das ciências, o dom mais alto que os deuses
deram aos homens"
> Arquimedes(287a.C.-212a.C.)
>
> Kenji Yoshitaki
> Engenharia/Poli-USP
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