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Re: [obm-l] lim (n --> oo) e^(-n) (1 + n + (n^2)/2!...+(n^n)/n!)
Ola carissimo Artur e demais
colegas desta lista ... OBM-L,
Artur, aqui vai uma ideia que passo pra voce analisar :
Seja Xn = 1 + N + ( (N^2)/2!) + ( (N^3)/3!) + ... + ((N^N)/N!). Entao
e^N = Xn + RL, onde
RL e o RESTO DE LAGRANGE. Segue daqui o seguinte :
Xn/(e^N) = 1 - ((RL)/(e^N)) => LIM Xn/(e^N) = 1 - LIM ((RL)/(e^N))
Um Estudo do LIM ((RL)/(e^N)) mais as propriedade de Y(X)=e^X resolve a questao.
EM TEMPO : Seria INTERESSANTE um estudo geral dos limites de expressoes como
esta, onde temos um quociente entre uma funcao, considerada somente em
seus valores
naturais, e a sua serie de Taylor, tambem considerada somente em
"pontos naturais".
Um Abracao a Todos
Paulo Santa Rita
3,080A,080408
2008/4/7 Artur Costa Steiner <artur.steiner@xxxxxxxxxx>:
> Gostei do argumento!
> Vou pensar na questao do "meio da serie". De imediato, nao sei.
> Abracos
> Artur
>
> -----Mensagem original-----
> De: owner-obm-l@xxxxxxxxxxxxxx [mailto:owner-obm-l@xxxxxxxxxxxxxx]Em
> nome de Bernardo Freitas Paulo da Costa
> Enviada em: sábado, 5 de abril de 2008 03:48
> Para: obm-l@xxxxxxxxxxxxxx
> Assunto: Re: [obm-l] lim (n --> oo) e^(-n) (1 + n +
> (n^2)/2!...+(n^n)/n!)
>
>
> O difícil desse argumento é a famosa "convergência uniforme". Eu acho
> (como uma certa metade das pessoas que responderam aqui) que não está
> certo, um pouco pelo fato de "parecer meio roubado" pegar o limite
> assim. Usando umas coisas que eu escrevi na minha mensagem um pouco
> acima (ou abaixo, dependendo do que você usa), note que os termos
> "importantes" da soma estão "no meio" da série... e a gente truncou !
> Vou tentar explicar (além do mais, acabei de ver que isso dá quase uma
> prova de que a resposta é 1/2 !!!!) :
>
> Os termos a_k = n^k/k! (que é o que a gente soma) são crescentes até o
> n^(n-1)/(n-1)! = n^n/n!. Antes, o quociente entre o a_(n-k) e
> a_(n-k+1) é (n-k)/n = 1 - k/n. Depois, o quociente entre a_(n+k+1) e
> a_(n+k) é n/(n+k+1) = 1 - (k+1)/(n+k+1).
>
> Se a gente fosse arrumar isso num triângulo como na minha primeira
> mensagem, depois de dividir por n^n/n!, fica :
>
>
> (1 - 1/n )(1 - 2/n )(1 - 3/n)(1 - 4/n)...(1/n)
> + ...
> + (1 - 1/n )(1 - 2/n )(1 - 3/n)(1 - 4/n)
> + (1 - 1/n )(1 - 2/n )(1 - 3/n)
> + (1 - 1/n )(1 - 2/n )
> + (1 - 1/n )
> + 1 + 1 ( os "termos do meio" n^n/n! = n^(n-1)/(n-1)! )
> + (1 - 1/(n+1) )
> + (1 - 1/(n+1) )(1 - 2/(n+2) )
> + (1 - 1/(n+1) )(1 - 2/(n+2) )(1 - 3/(n+3) )
> + (1 - 1/(n+1) )(1 - 2/(n+2) )(1 - 3/(n+3) )(1 - 4/(n+4) )
> + ...
>
> Note que quando n -> inf, os termos de cada lado do 1+1 convergem pra
> 1 (de forma não uniforme) mas ainda mais, os "de baixo" convergem para
> os de cima mais rápido ainda (não tenho muito tempo para detalhar
> isso). Ou seja, se pararmos de somar no termo k = n^alpha com alpha
> perto de 1 mas menor do que 1, temos uma convergência dos termos
> "depois" aos termos "antes" do meio e com isso "dá pra ver" que na
> verdade a gente só tem metade da série que realmente contribui para
> e^n até os n primeiros termos (é aí que entra a tal história da
> convergência uniforme, a gente precisa cada vez mais de termos para a
> soma dar certo : com n fixo, a gente consegue majorar a soma por uma
> PG de razão n/(n+1) a partir do primeiro termo "depois", mas veja que
> tanto a razão quanto o termo que a gente majora tendem pro lugar
> errado com n -> infinito). Faça as contas com n = 1,2,3, para ver como
> os termos se comportam nessa série, é bem legal (e se você tiver maple
> / mathematica / matlab / scilab / octave / ... veja com n = 20 e em
> torno!)
>
> Artur : você acha que dá pra tentar formalizar essa idéia do "meio da série" ?
> Rogério : passo a bola pra você me convencer !
>
> Abraços,
> --
> Bernardo Freitas Paulo da Costa
>
> 2008/4/5 Rogerio Ponce <abrlwsky@xxxxxxxxx>:
> > Oi Marcelo,
> > quando voces quiserem repetir a dose, e' so' avisar - e juro que o
> > Nehab tambem vai :-)
> >
> > Bem, voltando 'a vaca fria, vou explicar um pouquinho melhor o que eu vejo.
> >
> > A questao original e' calcular
> >
> > lim (n --> oo) e^(-n) (1 + n + (n^2)/2!...+(n^n)/n!)
> >
> > Repare que o segundo fator corresponde aos "n" primeiros termos da
> > expansao de Taylor para "e^n".
> >
> > O que eu sustento e' que, quando "n" vai para infinito, o segundo
> > fator passa a ser EXATAMENTE a expansao de Taylor para "e^n". E neste
> > ponto, tanto faz que o "n" desse tal fator "e^n" esteja no infinito ou
> > nao, porque ele se anula com o "-n" do primeiro fator e^(-n).
> >
> > Em outras palavras, a expressao valera' e^(-n) * e^(n) = 1 ,
> > simplesmente porque "aquele" segundo termo alcancou o valor de e^n.
> >
> > Nunca estive preocupado com o valor do numerador de cada parcela, mas
> > apenas com o numero de parcelas da segundo termo. A partir dai e' que
> > estabeleco que o limite vale 1.
> >
> > Grande abraco,
> > Rogerio Ponce.
> >
> >
> >
> > Em 04/04/08, Marcelo Salhab Brogliato<msbrogli@xxxxxxxxx> escreveu:
> >
> >
> > > Olá Ponce, quanto tempo...
> > >
> > > eu penso um pouco diferente, vejamos:
> > >
> > > e^x = 1 + x + x^2/2! + x^3/3! + ... = lim {u->inf} Sum{k=0 .. u} x^k/k!
> > > não vejo sentido, fazermos x = k do somatório... entende?
> > >
> > > vejamos:
> > > 1 = e^(-x) * e^(x) = e^(-x) * lim {u->inf} Sum{k=0 .. u} x^k/k!
> > >
> > > lim {x->inf} e^(-x) * lim {u->inf} Sum{k=0 .. u} x^k/k!
> > >
> > > lim {x->inf} lim {u->inf} e^(-x) . Sum{k=0 .. u} x^k/k!
> > >
> > > vou chamar x de n, entao:
> > > 1 = lim {n->inf} lim {u->inf} e^(-n) . Sum{k=0 .. u} n^k/k!
> > >
> > > ou então:
> > > 1 = lim {n->inf} lim {u->inf} e^(-n) . (1 + n + n^2/2! + ... + n^u/u!)
> > >
> > > agora vem minha dúvida.. n e u tendem a infinito.. podemos dizer que:
> > > lim {n->inf} lim {u->inf} e^(-n) . (1 + n + n^2/2! + ... + n^u/u!) = lim
> > > {n->inf} e^(-n) . (1 + n + n^2/2! + ... + n^n/n!) ??
> > >
> > > se sim, como provamos isso? vou tentar provar, caso consiga, mando aqui..
> > >
> > > abraços,
> > > Salhab
> > >
> > >
> > >
> > > 2008/4/4 Rogerio Ponce <abrlwsky@xxxxxxxxx>:
> > >
> > > > Oi Artur,
> > > > minha conclusao e' que vale o mesmo que
> > > > e^(-n) * e^(n) = 1.
> > > > []'s
> > > > Rogerio Ponce
> > > >
> > > >
> > > >
> > > > Em 04/04/08, Artur Costa Steiner<artur.steiner@xxxxxxxxxx> escreveu:
> > > >
> > > >
> > > >
> > > > > Mas como concluir que é 1/2?
> > > > >
> > > > > Artur
> > > > >
> > > > > -----Mensagem original-----
> > > > > De: owner-obm-l@xxxxxxxxxxxxxx [mailto:owner-obm-l@xxxxxxxxxxxxxx]Em
> > > > > nome de Rogerio Ponce
> > > > >
> > > > > Enviada em: quarta-feira, 2 de abril de 2008 16:58
> > > > >
> > > > > Para: obm-l@xxxxxxxxxxxxxx
> > > > > Assunto: Re: [obm-l] lim (n --> oo) e^(-n) (1 + n +
> > > > > (n^2)/2!...+(n^n)/n!)
> > > > >
> > > > >
> > > > > Ola' Artur,
> > > > > acho que e' mais simples que voce imagina.
> > > > > O numero de termos da expansao de Taylor ja' e' infinito.
> > > > > E quando "n" aumenta, a 2a parte da sua expressao simplesmente se
> > > > > aproxima da expansao de Taylor.
> > > > > No limite, havera' infinitos termos (e todos iguais) nas duas
> > > expressoes.
> > > > > []'s
> > > > > Rogerio Ponce
> > > > >
> > > > >
> > > > > Em 02/04/08, Artur Costa Steiner<artur.steiner@xxxxxxxxxx> escreveu:
> > > > > > Não, não. Seria 1 se fosse um limite do tipo e^(x) (1 + x +
> > > x^2/2!...+x^n/n!), com x independente de n. Mas não é o caso. Veja q ue x
> > > =n, x depende de n. Quando você aumenta o n, além de aumentar o número de
> > > termos no polinômio de Taylor, aumenta o argumento, Temos algo bem mais
> > > complicado.
> > > > > >
> > > > > > Artur
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > -----Mensagem original-----
> > > > > > De: owner-obm-l@xxxxxxxxxxxxxx [mailto:owner-obm-l@xxxxxxxxxxxxxx]Em
> > > > > > nome de Rogerio Ponce
> > > > > > Enviada em: quarta-feira, 2 de abril de 2008 10:26
> > > > > > Para: obm-l@xxxxxxxxxxxxxx
> > > > > > Assunto: Re: [obm-l] lim (n --> oo) e^(-n) (1 + n +
> > > > > > (n^2)/2!...+(n^n)/n!)
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > Oi Artur,
> > > > > > a expansao de Taylor para e^n vale
> > > > > > e^n = 1 + n + n^2/2! + n^3/3! + ...
> > > > > > Assim, esse limite deve ser igual a 1.
> > > > > > []'s
> > > > > > Rogerio Ponce
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > Em 02/04/08, Artur Costa Steiner<artur.steiner@xxxxxxxxxx> escreveu:
> > > > > > >
> > > > > > >
> > > > > > >
> > > > > > >
> > > > > > > Este limite é 1/2, mas não sei como demonstrar. Já tentei várias
> > > soluções,
> > > > > > > mas não deu certo.
> > > > > > >
> > > > > > > Uma possibilidade é mostra que este limite iguala-se a uma
> > > integral, mas não
> > > > > > > consegui sair. Outra possibilidade, conforme me disseram, é
> > > aplicar o
> > > > > > > teorema do limite central a distribuicoes de Poisson com média 1.
> > > Também não
> > > > > > > consegui ver como.
> > > > > > >
> > > > > > > Alguem tem alguma sugestao?
> > > > > > >
> > > > > > > Abracos
> > > > > > > Artur
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