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Re: Como provar que E=1/2(mv^2)?



Olá, xará Bruno e demais colegas da lista...

    Quando eu vi "E=1/2(mv^2)" logo pensei: "Será que é comigo?"... hehe...
isso é física, coisa que a lista pouco discute (por motivos mais que
óbvios!). E, como estudante de física, isso me coçou a orelha e resolvi
participar um pouco também...

    Mmm... nem sei se posso falar muito, porque ainda falta bastante pro
doutorado, mas vamos lá!
    Espero que já esteja claro que, se um sistema não é isolado, nem dá pra
falar de conservação; podemos ter penetras. Então, que tal usar o sistema
que deve ser o mais isolado que temos, o próprio universo?
    Mesmo considerando as 'mil facetas' da energia (mecânica, elétrica,
nuclear....), existe uma informação que a gente tem que considerar. Dizia lá
num mural da faculdade, não há muito tempo, que o universo está em expansão
(o que não é novidade) acelerada (aham, sei...) pra fora (!!!!). Isso deve
significar que tem alguém "esticando" o universo pra fora, ou então, ele
próprio 'explodindo', como uma granada. Essa primeira é bem esquisita,
porque, se existe alguma coisa, ela está no universo, então não poderia
exercer força sobre ele próprio... A segunda é pior ainda, porque a
gravidade (que conhecemos) só é atrativa, e não conhecemos outra força capaz
de fazer isso de fora pra dentro a distâncias tão colossais.
    Está totalmente fora dos meus conhecimentos explicar isso daí, mas,
aparentemente, a energia do universo estaria AUMENTANDO. A explicação que
eles  deram seria a existência de uma "matéria negra", que estaria fazendo
essa "bagunça" toda. Isso tudo, como já foi comentado, é mais uma hipótese
para manter a idéia da conservação.
    Outro fenômeno, este ainda teórico. É uma conseqüência que se tira da
Quântica: se você aplicar um campo elétrico MUITO, mas MUITO FORTE MESMO
(cerca de 10^16 volts/cm, se não me engano), vão começar a "surgir do nada"
elétrons. Cara, que viagem! Que violada feia na conservação da
massa/energia! Mas o trabalho é sério. Como não estudei o assunto (um tanto
avançado!), não tenho certeza do nome do pesquisador, mas algum interessado
pode procurar por Lemoroux, ou Lemeroux...
    Não é impossível "desprovar" a conservação da energia. Olha só esses
dois argumentos! Só que teríamos de inventar algo muito melhor para ainda
explicar o que acontece! E mesmo com esses e vários outros problemas, talvez
a gente ainda continue apelando pra coisas até absurdas pra continuar a
afirmar a conservação da energia, simplesmente pelo fato dela nos ajudar a
resolver toneladas e toneladas de problemas. É mais ou menos como levar
chifre e não pedir o divórcio!

Um abraço a todos e beijos às meninas.
Bruno

-----Mensagem original-----


>> O que precisa ser verificado experimentalmente ou demonstrado
>> (a partir das leis de Newton ou algum outro conjunto de leis
>> tomadas como 'axiomas') é que existe conservação de energia.
>> Para que isso faça sentido é preciso definir outras formas de energia
>> (por exemplo, a energia potencial de um campo gravitacional)
>
Eu até acho que o principio da conservação de energia não pode ser
"desprovado".
Sempre que algum fenomeno parece contrariar a conservação, nós inventamos,
definimos, uma nova forma de energia:
Quando um corpo cai, partindo do repouso, sua energia cinetica está
aumentando, não está sendo conservada. Então nós pegamos e inventamos a
"energia potencial gravitacional" para "restaurar" o nosso principio... e
assim por diante.

>As coisas começam a ficar estranhas e interessantes na teoria da
>relatividade, já que todas essas energias, definidas simplesmente para
>facilitar alguns calculos (através da conservação de uma certa quantidade
>associada a um sistema), passam, por E=mc^2, a ter uma influência mais
ativa
>no sistema. As energias potenciais (antes meros artificios) passam a "ter
>peso", são atraidas gravitacionalmente. Mas isso exige que descubramos uma
>resposta para  a seguinte pergunta: Onde estao localizadas essas energias
>potenciais? O que nos leva a necessidade de um conceito de densidade de
>energia...
>(Estou fortemente desconfiado que o conceito de densidade de energia é
>inconsistente com qualquer teoria que trate a força gravitacional como uma
>força "comum", como na teoria newtoniana ou como a força eletrostatica.
>Sendo assim, o conceito de densidade de energia exigiria uma nova teoria de
>gravitação, como a relatividade geral com seu espaço-tempo curvo...
>Mas eu ainda não estudei relatividade o suficiente...)
>
>Até mais...
>
><Bruno Woltzenlogel Paleo>
>