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[obm-l] RES: [obm-l] Re:[obm-l] Métrica que induz a topologia discreta



Acho que estah OK. Obrigado.
Artur
-----Mensagem original-----
De: owner-obm-l@mat.puc-rio.br [mailto:owner-obm-l@mat.puc-rio.br]Em nome de claudio.buffara
Enviada em: quinta-feira, 26 de outubro de 2006 12:52
Para: obm-l
Assunto: [obm-l] Re:[obm-l] Métrica que induz a topologia discreta

Oi, Artur:
 
Se eu entendi direito o enunciado, para cada x em X, existe r_x em (0,+inf) tal que B(x,r_x) inter X = {x}.
Isso nos permite definir (via axioma da escolha) uma função f:X -> (0,+inf) tal que f(x) = r_x.
Suponha que, para cada n em N, f^(-1)( (1/n,+inf) ) seja enumerável.
Nesse caso, Y = União(n em N) f^(-1)( (1/n,+inf) ) será um subconjunto enumerável de X, já que é a reunião enumerável de conjuntos enumeráveis.
No entanto, Y = União(n em N) f^(-1)( (1/n,+inf) ) =
f^(-1)( União(n em N) (1/n,+inf) ) = 
f^(-1)( (0,+inf) ) = X ==>
X é enumerável ==> contradição.
Logo, vai existir p em N tal que f^(-1)( (1/p,+inf) ) é não enumerável.
Tomemos A = f^(-1)( (1/p,+inf) )  e  eps = 1/p.
Então A é um subconjunto não-enumerável de X tal que, para cada x em A, 
B(x,eps) inter A = {x}.
 
O que você acha?
 
[]s,
Claudio.
 
De: owner-obm-l@mat.puc-rio.br
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Cópia:
Data: Fri, 20 Oct 2006 13:23:49 -0300
Assunto: [obm-l] Métrica que induz a topologia discreta
> Gostaria de comentários a respeito da demonstração apresentada a seguir:
>  
> Afirmação:
>  
> Seja X um conjunto não enumerável e seja d uma métrica definida em X que induza a topologia discreta. (A topologia discreta é aquela em que conjuntos formados por um único elementos são abertos, o que equivale a dizer que nenhum elemento de X é ponto de acumulação de X - daí o nome discreta). Então, para algum eps>0, existe um subconjunto não enumerável A tal que d(x1,x2)  >= eps para todos elementos distintos x1 e x2 de A. (O caso trivial é quando d é a chamada métrica discreta, dada por d(x1, x2) = 1, se x1<>x2, e d(x1,x2) =0,  se x1= x2. A métrica citada no enunciado não tem que ser um múltiplo positivo da métrica discreta. Se fosse, nada teríamos a demonstrar.)
>  
> Demonstração.
>  
> Como o conjunto  {x} é aberto qualquer que seja x de X, para cada x existe r_x >0 tal que B(x, r_x) = {x}, sendo B(x, r_x) a bola aberta de centro em x e raio r_x. Para cada inteiro positivo n, seja A_n = [1/n, oo) de modo que Uniao A_n = (0, oo). Como (0, oo) contem o conjunto não-enumerável {r_x} e é dado pela uniao enumeravel dos A_n, segue-se que nao é possível que todos os A_n contenham uma quantidade apenas enumerável de números r_x (ou {r_x} seria enumerável). Assim, existe m tal que A_m inter {r_x} nao é enumeravel. Se agora definirmos eps = 1/m e A ={x de X correspondentes a um r_x de A_m}, então d(x1, x2) >= 1/m = eps para todos x1 e x2 distintos de A e A naoo é enumerável pois é equivalente ao naoo enumerável A_m inter {r_x}.
>  
> Eu achei que estava certo, mas acho que passei por cima de um detalhe, qual seja, o de que {r_x} não é enumerável. Na realidade, a cada x podemos associar valores de r_x pertencentes a um intervalo aberto do tipo (0, b), b finito. Mas isso garante que podemos estabelecer uma bijecao entre X e um conjunto de raios r_x?  Estou na dúvida.
>  
> Abraços
> Artur