Acho
que isso eh o limite da sequencia obtida aplicando-se
recursivamente a funcao f(u) = sqrt(6 + sqrt(u)). Como esta
funcao é continua para u >0, se esta sequencia convergir para um limite
x, entao x eh ponto fixo de f e, portanto, raiz da equacao x =
sqrt(6 + sqrt(x)). Podemos mostrar que esta seq. eh limitada e
monotonicamente decrescente, de modo que converge. Mas seu limite eh
=~2,768364.
Artur
x = sqrt(6 + sqrt(6 + sqrt(6 + ...))). foi
essa que eu quis fazer
Eleve ao quadrado a equação x=
sqr...
subtraia da equação x
x^2-x-6=0
raízes -2 e 3 so serve 3 então resposta
3/5
abraços
----- Original Message -----
Sent: Tuesday, September 12, 2006 11:34
PM
Subject: Re: [obm-l] ajuda
Oi. Resposta rápida: tá estranha essa pergunta.
Vou
inicialmente explicar pq está estranha essa pergunta, e depois mostrar como
a gente pode reformular ela para que ela tenha sentido e possa ser
respondida.
Quando vc utiliza "..." numa soma, vc precisa deixar bem
claro o que isso significa. Em alguns casos, o significado é evidente, por
exemplo: x = 1 + 1/2 + 1/4 + 1/8 + 1/16 + ... Claramente, x é a soma
da PG de razao 1/2, com termo inicial igual a 1. Então x é um número
real, já que soma de PG com razão menor que 1, em módulo, converge para a_1
/ (1 - q). Em particular, x = 2. Agora podemos definir um número y = x +
2, pois o sinal "+" só faz sentido (neste contexto) quando colocado entre
números reais.
Quero dizer o seguinte: vc não pode somar 2 a uma
coisa que não é um número, não pode somar 2 a algo que não
exista.
Veja:
x = sqrt(6) + sqrt(6) + sqrt(6) + ...
O
jeito mais natural de se definir esse "..." seria assim: "vai somando
sqrt(6) sem parar". Matematicamente, precisamos dar algum grau de rigor a
essa expressão, da seguinte maneira:
Seja a_n uma seqüência definida
por a_n = sqrt(6). Seja agora s_n uma outra seqüência definida por s_n =
a_1 + a_2 + ... + a_n (note que aqui o "..." está bem definido e s_n é
um número real, que vc pode explicitar facilmente) Para evitar usar os
"...", vc pode também dizer que s_n = sum (i=1..n) a_i, ou seja, o n-ésimo
elemento da seqüência s_n é a soma dos n primeiros elementos da seqüência
a_n.
Dizemos que s_n é a soma parcial da série numérica associada à
seqüência a_n.
Pra que toda essa enrolação? Pra dizer o seguinte:
o seu número x = sqrt(6) + sqrt(6) + ... pode ser definido como o limite da
seqüência s_n, quando n tende a infinito. Agora temos uma definição rigorosa
do x.
MAS quanto vale o limite? O limite não existe, pois não
existirá algum número real do qual vc vá se aproximando ao avançar mais na
seqüência s_n, ela vai sempre crescendo indefinidamente. Então podemos ou
dizer que o limite não existe, ou então que é infinito (que é apenas uma das
razões pelas quais um limite pode não existir).
Assim, o seu
"número" x não é um número, e portanto não faz sentido colocar o sinal de
"+" entre x e o 2.
Se vc quiser viajar um pouco, vc até tem como
definir esse x como um número hiperreal (que é uma extensão dos reais para
englobar numeros infinitamente grandes (e inclusive classifica-los
ordenadamente) e infinitamente pequenos), e aí vc diz que x e 2 são números
hiperreais e pode fazer todas as suas contas do tipo x + 2 e x / y.
Mas isso é viagem demais e eu não sei trabalhar com hiperreais. Esse
conjunto já foi discutido há algum tempo aqui na lista, e talvez alguém com
mais conhecimento possa explicar para você.
A gente
pode tentar reformular sua pergunta para dar algum significado e sentido ao
exercício. Não defina x = sqrt(6) + sqrt(6) + ..., pq, como já vimos,
isso não é número, aí não podemos somar 2 a ele. Defina entretando o
número r_n como sendo a razão entre os números x_n e y_n, onde: x_n =
sqrt(6) + sqrt(6) + ... + sqrt(6) (n vezes) y_n = x_n
+ 2
Note que agora x_n está bem definido: x_n = n * sqrt(6), que é um
número real, para qualquer n natural. Da mesma forma, y_n está vem
definido e vale n * sqrt(6) + 2. Alem disso, definidos, assim, os números
de forma bem parecida com o que vc escreveu, então acho que podemos acordar
que seja uma interpretação razoável para o enunciado.
Então r_n =
n*sqrt(6) / (n*sqrt(6) + 2)
Agora sua pergunta é: quanto vale lim
(n->oo) r_n?
Para calcular tal limite, divida por n em cima e em
baixo e use propriedades básicas de limite: r_n = sqrt(6) / (sqrt(6) +
2/n), para todo n >= 1. lim sqrt(6) / (sqrt(6) + 2/n) = 1, já que 2/n
tende a 0 e o denominador tende portanto a sqrt(6), e o numerador tende a
sqrt(6).
Outra maneira de reformular a pergunta, usando
uma interpretação semelhante àquela do Tio Cabri, é escrever: x = sqrt(6
+ sqrt(6 + sqrt(6 + ...))). Acho que há 2 ou 3 semanas houve aqui na
lista uma discussão a respeito de como calcular o valor desse tipo de
seqüências, em que falei de um teorema pra isso. Procure nos seus arquivos,
ou nos do site do Prof. Nicolau, moredador da lista. O endereço está no
final do email.
Abraço Bruno
ps: tio cabri,
definindo x_n = sqrt(6) . sqrt(6) . ... . sqrt(6), e y_n = x_n + 2,
temos: r_n = x_n / y_n = sqrt(6)^n / (sqrt(6)^n +
2) Divida por sqrt(6)^n, em cima e em baixo: r_n = 1 / (1 + 2 /
sqrt(6)^n) Logo, o limite também é igual a 1, e não 3/5.
Acho que
vc quis dizer que fez o exercício como se fosse sqrt(6*sqrt(6*sqrt(6* ...
))). O jeito de resolver isso, "estando no bar", é fazer: x^2 = 6 *
sqrt(6 * sqrt(6 * ...)) = 6x Então x = 0 ou x = 6, aí y = 8, e a razão é
8/6 = 4/3. Para justificar isso, veja a discussão a que me referi
acima.
On 9/12/06, Aron
<tiaron@oi.com.br> wrote:
Olá
alguém sabe como resolver esta?
Se x=sqrt(6)+sqrt(6)+sqrt(6)+... e y=x+2, então qual é a
razão entre x e y?
grato.
Aron
-- Bruno França dos Reis email: bfreis - gmail.com gpg-key: http://planeta.terra.com.br/informatica/brunoreis/brunoreis.key
icq: 12626000
e^(pi*i)+1=0
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