Oi
gente.. Tentei fazer as questoes do 1o dia da imc. Estamos ansiosos
por noticias de como o pessoal esta indo na prova! Ao contrario da IMO, na IMC nao eh o lider que corrige as provas do pais. Ele participa da banca de uma determinada questao e depois participa da revisao de notas dos seus alunos. Por esse motivo, seria interessante que voces postassem as principais solucoes para que o pessoal da lista possa ajudar.. Quem nao quiser ver as solucoes, pare de ler por aqui. Vou escrever minhas solucoes, leiam com atencao e me avisem se notarem algo errado. O 1,2,3 eram mais faceis. O 5 eu escrevi 2 linhas sem mto nexo la em baixo :) e no 6 eu usei um resultado nao obvio de analise complexa (e pulei algumas contas que teriam de ser feitas na prova). Ja o 4 eu demorei bastante (um pouco mais q o 2o tempo inteiro do jogo BrasilxArgentina) e achei que tinha feito. Mas depois eu fui ver a solucao do mathlinks e vi que era bem curta, mto simples, e comeco a achar que a minha esta errada (alem de ser completamente gigante). Em tempo: eu acabei de ver a
prova do 2o dia. A primeira eh bem simples, usa uma ideia analoga a que foi
usada na 1 do 2o dia do ano passado :) Mas as outras parecem estar bem mais
dificeis do que as de hoje!! Nao tenho ideia alguma para a 2 por exemplo..
Abracos,
Marcio
> >1) Let S be an infinite set of real numbers such that > >|s_1 + s_2 + ... + s_k| for every finite subset > >{s_1,s_2,...,s_k} of S. Show that S is countable Escreva S = A U B, onde A e B sao respectivamente os subconjuntos de nao-negativos e nao-positivos de S. Vamos provar que A e B sao enumeraveis e portanto S tmb é (por ser uniao de 2 enumeraveis). A enumeracao eh a seguinte (A e B sao analogos). Se A eh finito, eh simples. Caso contrario,coloque x_1 = max{A}, x_2 = max{A-{x_1}}, x_3 = max{A-{x_1,x_2}}, e assim por diante. Isso funciona pq todos esses conjuntos admitem maximo!De fato, suponha que um conjunto X com infinitos termos e tq todo subconjunto tem modulo da soma de seus elementos maior que 1 nao tenha maximo. Seja c = supX. Entao, existem infinitos elementos de X no intervalo (c/2, c) (pq em todo intervalo (c-eps, c) deve haver elemento de X e vc sempre pega um 'mais proximo' de c) e pegando [2/c]+1 deles, a soma eh maior que (2/c)*c/2 = 1. > >2)Let P(x) = x^2 - 1. How many distinct real solutions > >does the following equation have: > >P(P(...(P(x))...)) = 0? [com P sendo aplicado 2004 > >vezes] Tem 2005 raizes. Vamos provar dois resultados por inducao que claramente implicam isso. (Vou chamar P(...(P(x)...) com P aplicado k vezes de P_k (x)) (i) A equacao P_n (x) = 0 tem sempre n+1 solucoes. (ii)A equacao [P_n (x) ]^2 = 1+a, com a>0 tem sempre 2 solucoes. Para n = 1, o resultado eh bem obvio, basta olhar pro grafico de p(x) = x^2 - 1. Para n = 2, tmb eh bem direto. Suponha valido ateh n. (i) Considere a equacao P_n+1 (x) = 1+a, a>0 equivale a ([P_n (x)]^2 - 1)^2 = 1+a. Como P_n ^2 eh sempre positivo, isso eh equivalente a (P_n (x))^2 = 1 + sqrt(a), que por hipotese de inducao tem 2 solucoes. (ii) P_n+1 (x) = 0 sse (P_n (x))^2 - 1 = 0 sse P_n(x) = 1 ou P_n(x) = -1. No primeiro caso, [P_n-1 (x)]^2 - 1 = 1, e pela hipotese de inducao (ii) isso tem exatamente duas raizes (equivale a (P_n-1 (x) )^2 = sqrt(2) > 1). No segundo caso, [P_n-1 (x)]^2 - 1 = -1 sse P_n-1(x) = 0 e pela hipotese de inducao (i) isso tem exatamente n-1+1 = n raizes (distintas das outras 2), de forma que a equacao P_n+1 (x) = 0 tem n+2 solucoes de fato. > >3) Let S_n be the set of all sum x_1+x_2+...x_n, where > >n>=2, 0<=x_1,...,x_n<="pi"/2 and > >sin(x_1) + sin(x_2) + ... + sin(x_n) = 1 > >a) Show that S_n is an interval. > >b)Let l_n be the length of S_n. Find lim(n->infinito)(l_n). a) Por Jensen, sen[(x_1+...x_n)/n] >= (senx1+ ... +sen xn)/n = 1/n. Logo, x1+...+xn >= n * arcsen(1/n). Sabemos que senx >= 2x/pi para x em [0,pi/2] (isso segue da concavidade do seno), de forma que x1+x2+...+xn <= pi/2 (senx1+...senxn) = pi/2. Para mostrar que a imagem eh o intervalo (n * arcsen(1/n), pi/2) voce pode soh citar a continuidade da funcao ou mostrar usando soh o TVI unidimensional, vendo que dado t nesse intervalo, sempre consigo escolher a de forma que x1=x2=...=x_n-1 = a/(n-1), x_n = t -a e (n-1)sen[a/(n-1)] + sen(t-a) = 1 (encare o lhs como um f(a) e veja que f(0) = sen t <= 1 e sendo a' tq a'/(n-1) = t-a', f(a') = n*arcsen(1/n) >= 1). b) A letra (b) eh consequencia do limite fundamental senx/x = 1 qdo x -> 0. A resposta eh portanto pi/2 - 1. > >4)Suppose n>=4 and let M be a finite set of n points in > >R^3, no four of which lie in a plane. Assume that the > >points can be coloured black or white so that any of > >the sphere which intersect M in at least four points have > >the property that exactly half of the points in the > >intersection of M and the sphere are white. Prove that > >all of the points in M lie on one sphere. .... ... .... ... > >5) Let X be a set of binomial(2k-4, k-2) + 1 real numbers, > >k>=2. Prove that there exists a monotone sequence x_1, x_2, ..., x_k in > X such that |x_{i+1} - x_1| >= 2|x_i - x_1| > >for all i = 2,...,k-1. Esse eu ainda nao consegui fazer, mas lembra um pouco um exercicio resolvido de uma eureka velha q eh o seguinte: O maior tamanho que pode ter uma cadeia de subconjuntos de {1,...,n} sem que um contenha o outro eh binomial (n, [n/2]). > >6) For every complex number z != 0,1 define > > f(z) := sum((log z)^(-4)), > >where the sum is over all branches of the complex > >logarithm. > >a) Show that there are two polynomials P and Q such > >that f(z) = P(z)/Q(z) for all z in C\{0,1} > >b) Show that for all z in C\{0,1} > >f(z)=z(z^2 + 4z + 1)/6(z-1)^4. Se z = r*e^(ix), entao logz = logr + ix + 2tpi, donde f(z) = somatorio (t=-oo .. oo) 1 / (logz + (2ipi)t)^4, onde logz denota o log principal. P/ simplificar a notacao, ponha a=logz, b=2ipi, e f(t) = 1/(a+tb)^4. Usando um pouco de analise complexa e traçando um retangulo esperto, mostra-se que somatorio (t=-oo..oo) de f(t) , quando converge, eh igual a - soma dos residuos de pi*cot(pi*t)*f(t) nos polos de f(t) (esse eh um resultado classico q eu ja conhecia, daí a questao ficou mais facil). No caso, temos o polo t = -a/b de ordem 4, e o residuo eh portanto: limite (t-> -a/b) (1/3!)* {(t+a/b)^4 * f(t) * pi * cot(pi*t)}"' (derivada terceira do que esta entre chaves). Ou seja, o somatorio eh f(z) = - (1/6)* (1/b^4)*pi* {(cotpi*t)"'} em t = -a/b. Embora isso aparentemente nao tenha a cara da resposta da pedida, a coisa tem tudo pra funcionar pq a=logz e exp(a) = z!! (e afinal, as funcoes trigonometricas nada mais sao do que combinacoes de exponenciais). Eh soh derivar 3 vezes e substituir para provar a letra (b) direto (e (a) fica como consequencia). (eu nao cheguei a fazer essa conta pq to digitando direto no computador, mas como vc ja sabe onde quer chegar, fica facil). cot(pit)' = -picossec^2(pit) = -pi (1+cot^2(pit) ) -> pi^2 (2cot(pit)*cossec^2(pit)) = pi^2 (2cot + cot^3) -> -pi^3 (2cossec^2 + 3cot^2 * cossec^2) = -pi^3 * cossec^2 (pit) * (2 +
3 + 3cossec^2 (pit)).
Pondo t = -a/b, exp(i*pi*t) = exp(-i*pi * logz / 2ipi ) = exp (-logz/2) =
[exp(logz)]^(-1/2)= 1/sqrt(z), de forma que
sen^2(pit) = [(exp(i*pit) - expi(-i*pit))/2i]^2 = [( (1/sqrtz) - sqrt(z) )
/ 2i ] ^2 = -(1/z + z - 2)/4 = -(z-1)^2 / 4z
Bom, daqui fica bem claro porque
o (z-1)^4 aparece no denominador e aih eh soh carregar a conta pra provar (a) e
(b) de uma vez (se houver algum erro de conta ai, eh soh confrontar com o
resultado dado na prova e corrigir).
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