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Re: OBM 1 Fase.
Concordo com Marcelo e Henrique, a prova da 1a fase desse ano foi muito mais
difícil do que a de anos anteriores.
É verdade que não é nada fácil fazer uma prova nesse estilo com a
dificuldade adequada.
O conjunto de toda a prova foi "pesado", principalmente no nível 1 e algumas
pontos me chamaram atenção:
1) O problema das correntes.
Um belo problema mas da maneira como proposto inedequado para a 1a fase.
Esse problema ficaria muito bem numa prova de segunda fase na qual o
candidato deveria explicar o por que do mínimo. A grande maioria dos alunos
se limitou a imaginar a situação mais "normal", o que era de se esperar para
uma prova de 1a fase. O único aluno que resolveu a questão disse que já
conhecia uma parecida.
2) O grande número de problemas comuns aos níveis 2 e 3
A idéia de colocar problemas comuns em mais de um nível é interessante mas
nesse caso acredito que o número foi excessivo: 17 problemas.
3) O problema 17 (nível 1) - 14 do nível 2 já caiu exatamente do mesmo jeito
na prova de 99
4) Vários problemas não são tão difíceis mas exageram na linguagem,
principalmente no nível 1. Por exemplo, o problema 15 do nível 2 (10 nível
3) fala em "número máximo de regiões". Não seria bom nesse caso um exemplo?
Lembro que realmente não é nada fácil fazer uma prova de 1a fase; nos
Estados Unidos a prova da 1a fase (AHSME) demora cerca de 2 anos para ser
elaborado. Aliás, o processo de elaboração dessa prova é descrito no
prefácio do "The Contest Problem Book VI".
Paulo José
----- Original Message -----
From: Marcelo Rufino de Oliveira <marcelo_rufino@hotmail.com>
To: <obm-l@mat.puc-rio.br>
Sent: Tuesday, June 12, 2001 3:38 PM
Subject: Re: OBM 1 Fase.
> ----- Original Message -----
> From: Nicolau C. Saldanha <nicolau@mat.puc-rio.br>
> To: <obm-l@mat.puc-rio.br>
> Sent: Tuesday, June 12, 2001 2:11 PM
> Subject: Re: OBM 1 Fase.
>
>
> >
> > > Para confirmar o que estou falando, andei comparando algumas
questões
> de
> > > primeira fase da OBM (nível 3) com a da segunda fase dos últimos três
> anos e
> > > achei que o nível de dificuldade de boa parte das questões das duas
> fases é
> > > muito parecido. Como exemplo, colocarei abaixo algumas questões de 1a.
e
> 2a.
> > > fase de 1999, 2000 e 2001 e gostaria de saber se outros participantes
> desta
> > > lista também acham que o nível destas questões é semelhante ou não. Na
> minha
> > > opinião um bom aluno teria a mesma dificuldade em resolver as questões
> > > abaixo, independente da fase.
> >
> > Confesso que não entendi bem o seu pensamento neste último parágrafo.
> > Você está falando de níveis ou fases?
> >
> > Outros membros da lista, por favor, queremos ouvir suas impressões.
> > []s, N.
>
> Acho que não fui claro mesmo. Quando eu comparei as questões de 1a.
fase
> com as de 2a. fase eu estava querendo mostrar que a segunda fase está se
> tornando redundante, pois a imensa maioria dos alunos que acertam mais de
> 70% na primeira fase acabam por também acertar a mesma porcentagem na
> segunda fase e passam para a terceira, e os alunos que fazem entre 50% e
70%
> na primeira fase (e passam, pois a nota de corte é mais ou menos 50% das
> questões) dificilmente conseguem passar para a terceira fase, pois a nota
de
> corte para a terceira é mais de 70% da prova da segunda fase. Na minha
> opinião isto ocorre pois o nível de dificuldade (e até o estilo) das
> questões das duas primeiras fases está muito parecido, implicando que o
> aluno tenha um desempenho muito semelhante nas duas primeiras fases.
>
> Para acrescentar, eu falei hoje pelo telefone com outros professores
que
> aplicaram a OBM e eles estavam preocupados pois os resultados dos níveis 1
e
> 2 dos alunos de suas escolas foram muito ruins quando comparados com os
> resultados do ano passado. Inclusive alunos que tiveram bons resultados
ano
> passado (chegaram à terceira fase) reduziram bastante seu percentual de
> acerto. Sinceramente espero que em outras regiões do Brasil com mais
> tradição na OBM o resultado tenha sido melhor, pois se manter o que está
> acontecendo em Belém o resultado não vai ser nada bom.
>
> Outra curiosidade foi o que aconteceu no nível 2 em meu colégio, onde
as
> maiores notas (por volta de 8 ou 7) foram dos piores alunos da oitava
série,
> pois estes sabem chutar as questões (coisa que eu nunca aprendi), enquanto
> que um aluno bom vai tentar resolver o problema e acaba resolvendo errado,
> marcando assim uma alternativa incorreta, mas que ele tinha certeza que
era
> a que estava certa (pois ele tentou calcular e chegou a algum dos valores
> que estavam nas alternativas), ou seja, com o nível de dificuldade da
prova
> deste ano do nível 2 o bom aluno tem menos chance de acertar do que o mal
> aluno.
>
> Até mais,
> Marcelo Rufino de Oliveira
>