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Re: [obm-l] PARADOXO PERPÉTUO!
Ora, então não é tão perpétuo assim.
Os répteis surgiram bem antes das galinhas e já
possuíam ovo amniótico (com casca).
[]s
Felipe
--- jorgeluis@edu.unifor.br wrote:
> "O que aparece primeiro, a teoria ou a observação?"
> - é uma pergunta perpétua,
> tipo galinha-e-ovo. Não precisamos tentar
> "resolvê-la". Pode-se afirmar que,
> sem alguma noção do que se procura ver, a observação
> é bastante inútil: existe
> um número infinito de fatos que se pode observar! E
> podemos dizer que, sem
> algumas observações, a teorização também é bastante
> inútil: pode-se construir
> um número infinito de teorias! Desejamos que a
> observação e a teoria sigam
> juntas, mas sua precedência original ou protocolo
> não tem nenhum interesse. A
> observação sugere que os fenômenos exigem
> explicação; a teoria a oferece;
> utiliza-se então a observação para testar a teoria e
> inicia-se o ciclo seguinte
> de problemas. Quando dizemos "teoria", queremos
> referir a: um conjunto de
> suposições acerca do comportamento, uma análise
> lógica, um conjunto de
> conclusões ou "previsões". O papel da análise
> matemática situa-se no segundo
> estágio: "se fazemos tal suposição, o que se segue?"
> Fazemos isso através do
> raciocínio verbal comum, ou, no primeiro ano de
> Economia, com a ajuda da
> geometria euclidiana. Mas o raciocínio comum é
> lógica verbal e a geometria
> euclidiana é lógica bidimensional. "Matemática" é um
> título genérico para
> qualquer tipo de argumentação lógica realizada com a
> ajuda de símbolos. Podemos
> encarar o raciocínio verbal comum como um ramo da
> matemática, ou podemos encarar
> a matemática como o desenvolvimento do raciocínio
> comum para os casos em que os
> métodos verbais são complicados e ineficientes. Mas
> nada disso importa muito. O
> que interessa é que temos de dar o segundo passo,
> para descobrir as implicações
> lógicas de nossas suposições e para isso precisamos
> do instrumental lógico. A
> seleção do instrumental, em cada caso, é um problema
> de conveniência e de
> habilidade técnica. Quanto maior for nosso domínio
> do instrumental, mais
> complicadas e potencialmente férteis são as teorias
> que utilizamos." Se a
> teoria for simples, a análise verbal pode ser
> suficiente, mas se ela for
> complexa, quase sempre será necessário utilizar-se a
> análise matemática, e a
> tentativa de se basear apenas no raciocínio verbal
> nos deixará num estado de
> incerteza quanto à implicação lógica, pela teoria
> utilizada, de uma determinada
> previsão. Vemos assim que o economista matemático e
> o verbal não estão separados
> por seus objetivos ou por sua filosofia de ciência
> social, mas apenas pelo
> instrumental utilizado para dar um passo comum a
> ambos: a descoberta de todas
> as implicações de um determinado conjunto de
> hipóteses.
>
>
> A propósito, por que 0!=1? Afinal, qual o prejuízo
> em se definir 0! como 0 e não
> 1?
>
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