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RE: [obm-l] PARADOXO DO EXAME!



Olá Jorge e colegas da lista!

Quando o diretor diz ¨exame inesperado na semana seguinte¨ , o grupo de 
alunos nem precisaria mais entrar em detalhes (especificando os dias) , pois 
se é inesperado, não poderia ser na ¨semana seguinte¨ como um todo . Afinal, 
o raciocínio que vale para a ¨sexta-feira¨ , também vale para a ¨semana 
seguinte¨ , e o grupo de alunos gastou mais palavras do que o necessário 
para argumentar com o diretor.

Mas, mesmo assim, o paradoxo continua!

Parece-me que a ¨pegadinha¨ está no anúncio do diretor. Se eu afirmo que 
você pode esperar por algo que, simultaneamente, digo ser inesperado, então 
, o ¨valor verdade¨ do meu anúncio é falso. E portanto, não se poderia 
concluir coisa alguma a partir dele.

Abraços,
Rogério.




>From: jorgeluis
>
>Turma! No começo da década de 1940, surgiu um novo e particularmente 
>fascinante
>paradoxo. Embora a sua origem pareça desconhecida, conquistou rapidamente 
>as
>atenções e, desde então, tem sido extensamente tratada em numerosos 
>artigos,
>dos quais nada menos que nove foram publicados na revista Mind. Como 
>veremos,
>esse paradoxo é de particular importância porque deriva seu poder e 
>fascínio do
>fato de só ser concebível como uma interação em desenvolvimento entre 
>pessoas.
>Entre as muitas versões em que a essência desse paradoxo foi apresentada,
>vejamos a seguinte:
>
>O diretor de uma escola anuncia aos seus alunos que haverá um exame 
>inesperado
>na semana seguinte, isto é, em qualquer dia entre segunda-feira e 
>sexta-feira.
>Os estudantes, que parecem constituírem um grupo invulgarmente sofisticado,
>assinalam ao diretor que, a menos que ele transgrida os termos do seu 
>próprio
>aviso e não pretenda realizar um exame inesperado, algum dia da semana
>seguinte, tal exame não pode ter lugar. Argumentam eles que, se até
>quinta-feira o exame não tiver sido efetuado, então será impossível 
>realizá-lo
>inesperadamente na sexta-feira, visto que a sexta-feira seria o único dia
>possível que restava. Mas se a sexta-feira pode, assim, ser eliminada como 
>um
>possível dia de exame, então a quinta-feira também será eliminada pelo 
>mesmo
>motivo. Obviamente, na quarta-feira à noite restariam apenas dois dias: 
>quinta
>e sexta. Como já se viu, a sexta-feira pode ser eliminada. Isto só deixa a
>quinta-feira, pelo que um exame realizado nesse dia já não seria 
>inesperado.
>Pelo mesmo raciocínio, é claro, a quarta, a terça e, finalmente, também a
>segunda-feira, podem ser eliminadas: logo, não pode haver um exame 
>inesperado. É
>lícito supor que o diretor escute em silêncio a "prova" apresentada pelos
>alunos e, depois, digamos, na quinta-feira de manhã, realize o exame. A 
>partir
>do instante em que fez o aviso, ele já tinha planejado realizar o exame 
>nesse
>dia. Por outro lado, eles defrontam-se agora com um exame totalmente
>inesperado, precisamente porque se haviam convencido de que o exame não 
>podia
>ser inesperado.
>
>NOTA: O aspecto mais surpreendente desse paradoxo é o fato de que uma
>investigação mais meticulosa revela que o exame pode ter lugar mesmo na
>sexta-feira e, no entanto, ser inesperado.          Abraços!!!

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