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Re: [obm-l] Funcao definida recursivamente
Nossa! Ainda bem que eu não perdi muito tempo com este problema...
De qualquer forma, acho interessante pensar num problema correlato.
Seja A um subconjunto de N (naturais = inteiros positivos) tal que:
(i) se n pertence a M e n é par, então n/2 pertence a A
e
(ii) se n pertence a M e n é ímpar, então 3n+1 pertence a A.
Determinar se existe um subconjunto finito X de N tal que, se além das condições (i) e (ii) acima, tivermos também "X está contido em A", então poderemos garantir que A = N.
Por exemplo, se X for igual ao conjunto dos naturais pares, então isso será verdade. Só que neste caso X não é finito (obviamente).
Mesmo deixando X ser infinito, o problema não é trivial. Por exemplo, se X = conjunto dos naturais ímpares ou então X = conjunto dos primos.
[]s,
Claudio.
De: |
owner-obm-l@mat.puc-rio.br |
Para: |
obm-l@mat.puc-rio.br |
Data: |
Thu, 24 Aug 2006 21:46:09 -0300 |
Assunto: |
Re: [obm-l] Funcao definida recursivamente |
Claudio
Isso aí se assemelha ao "Problema de Collatz". Veja no Mathworld: http://mathworld.wolfram.com/CollatzProblem.html
(provar que f é função é equivalente a demonstrar a conjectura de collatz, isto é, que a partir de qualquer semente inicial natural a seqüência de collatz devolve o valor 1.)
Acredito que no caso da conjectura de Collatz ser verdadeira e portanto sua f estar definida, ela seja a função constante igual a 1, já que nunca poderá chegar a outro valor.
Se a conjectura de Collatz for falsa, então f não é função, pois existirá algum k natural para o qual a seqüência de Collatz não passa por NENHUM dos naturais que já se verificou que vão para 1 (os quais tem imagem 1), e então vc não permite calcular o valor de f(k) com essa definição de f.
Abraço
Bruno
>
On 8/24/06, claudio.buffara <claudio.buffara@terra.com.br> wrote:
Segue abaixo a tentativa de se definir uma funcao f: N -> N
(N = conjunto dos inteiros positivos)
f (1) = 1;
Se n eh par, entao f (n) = f (n/2);
Se n eh impar, entao f (n) = f (3n + 1).
Perguntas:
1) As condicoes acima realmente definem uma tal f (ou seja, permitem que, A CADA elemento de N seja associado EXATAMENTE UM
elemento de N)?
2) Em caso afirmativo, a funcao assim definida eh unica?
O problema parece ser que o valor de f(n) para n impar eh definido em termos do valor de f num argumento maior do que n (3n+1, para
ser exato), de modo que nao se pode aplicar o principio da inducao (pelo menos nao diretamente).
[]s,
Claudio.