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=?UTF-8?Q?Re:_[obm-l]_Re:_[obm-l]_Matem=C3=A1tico_resolve?= =?UTF-8?Q?_probl_ema_centen=C3=A1rio_e_recusa_US$_1_milh=C3=A3o?=



 
O que está se louvando aqui é a postura, a atitude, a forma de encarar com amor e desprendimento, sem egoísmo, nem interesse, o espírito de sacrifício pelo bem da humanidade, coisa muito rara hoje em dia e que talvez ajudasse a tirar muitos países do ostracismo científico e da miséria. Ninguém aqui disse que está se candidatando a santo, apenas adimiramos algo que é nobre e raro, manifestando-se em abundância em um colega de profissão estrangeiro. Não é preciso se tornar uma Madre Teresa para dar uma parcela do nosso tempo, energia e amor àqueles que não têm acesso ao que para nós é facilmente obtido. Dividir o conhecimento é ainda mais nobre que dividir o alimento... e isso nós todos aqui já estamos fazendo de maneira magnífica e maravilhosa, não é?  Eu, pessoalmente, se fosse desprendido como ele, aceitaria o dinheiro do Rei (que talvez o utilizasse de maneira fútil) e o empregaria para fazer mais pesquisas e também para auxiliar os menos favorecidos que apenas precisam de uma oportunidade e um gesto de amor para mostrarem ao mundo o quanto são capazes... Acho que o que a atitude dele nos ensina é que nem todos os homens agem somente por dinheiro ou por fama e nem por isso deixam de ser felizes ou deixam de fazer os outros felizes.
 
Grande abraço
 
Palmerim
 
 

 
Em 27/08/06, fernandobarcel <fernandobarcel@bol.com.br> escreveu:
O assunto é offtopic, mas fiquei chocado com o que vai pela cabeça desse pessoal!
Quer dizer que só matemáticos conseguem ter atitudes humildes?!
E quer dizer que quem trabalha com matemática pura durante 10 anos não deve fazê-lo por dinheiro? então, todos os profesores de matemática deveriam dar aula de graça?!
E quem ganha um prêmio Nobel, ou equivalente? aceitá-lo seria "fraqueza de caráter"? ou menos nobre, talvez?
Adoro o meu trabalho, mas não aceitaria trabalhar de graça se não tivesse de onde tirar o meu sustento. Como não sou filho de pai rico, e comumente tenho vontade de fazer mais do que posso, jamais recusaria um prêmio em dinheiro (ou qualquer outra modalidade). Não sou excêntrico, nem hipócrita, tampouco demagogo - me considero um cidadão comum, que vive num país capitalista.

Abraços a todos!


---------- Início da mensagem original -----------

Assunto: Re: [obm-l] Matemático resolve probl ema centenário e recusa US$ 1 milhão

> Sem dúvida, é uma atitude humilde, e que só os matemáticos conseguem ter,
> quando acabei de ler a notícia, do meu computador o aplaudi e fiz uma
> reverencia, matemática não é dinheiro, não acredito que alguém possa passar
> 10 anos trabalhando em matemática pura por dinheiro, o bonito do sucesso do
> Perelman além da resolução magnífica foi se recusar a receber essa quantia.
> Talvez outros não pensem assim, mas quando se entrar no ramo da matemática
> subentende-se que você não está nem aí pra dinheiro e que o pouco que você
> ganha lhe torna uma pessoa feliz, porque você faz o que gosta e tem amor por
> isso.
>
> Um abraço a todos os matemáticos do Brasil!
>
> Que isso sirva de exemplo!
>


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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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