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[obm-l] NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA!



Valeu Nicolau e demais colegas pela atenção de resposta! O raciocínio 
solidário do Qwert está correto, porém o porquê da sétima noite, é que as 
galinhas de penacho não atacadas viram, desde o primeiro dia, sete colegas 
sem penacho e por certo temiam, cada uma por si própria, ser a oitava 
vítima. Quanto ao hemograma, esse é o "cara da vez", pois temia chegar a 
falecer sem o prazer desta brilhante transfusão, cuja injeção inicial foi 
aplicada pelo colega Rogério Ponce. Atendendo a modéstia do Cláudio, vale 
lembrar que a probabilidade de uma moeda ideal não viciada dar 12 caras em 
12 lançamentos é de (1/12)^12 ou 1/4096, ou seja, em 4096 jogadas de 12 
lances cada uma, espera-se que haja apenas uma jogada em que saiam 12 caras 
seguidas. Portanto, se rejeitarmos a hipótese nula, supondo que a moeda 
esteja viciada, nossa chance de erro é justamente de um em 4096 ou 0,024%. O 
que se faz é estabelecer de antemão uma probabilidade máxima de erro 
tolerável, chamada nível de siognificância do teste, que geralmente é de 5%, 
mas que em alguns experimentos mais rigorosos, pode chegar a 1% ou menos. 
Isso quer dizer que consideramos tolerável um erro em cada 20 avaliações, 
mas não mais do que isso. Portanto, se o resultado do teste apresentar uma 
probabilidade igual ou menor qu este valor, a hipótese nula será rejeitada, 
como ocorreu no nosso exemplo, em que o valor obtido foi de 0,024%. 
Admitimos neste caso que a moeda deve estar viciada, porque o desvio em 
relação ao esperado para uma moeda ideal foi significativo em relação ao 
nível de 5%. Talvez estejamos enganados, mas a chance de erro (0,024%) é 
menor que o erro másimo admitido de 5%. Em outras palavras, embora 12 caras 
consecutivas não constituam um resultado logicamente incompatível com a 
hipótese nula, ele é improvável para uma moeda não viciada, funcionando, 
portanto, como uma evidência contrária a esta hipótese. Em resumo, para 
falsificar uma hipótese estatística, devemos supor que ela exclui eventos 
improváveis. Assim, a hipótese de que a moeda está viciada foi, neste 
exemplo, fortemente corroborada, uma vez que previa um acontecimento que, em 
princípio, era improvável se essa hipótese fosse falsa, ou seja, se a moeda 
não estivesse viciada.


Ok! Paulo Santa Rita, abraços e parabéns a esta solidária e relevante lista!

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