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[obm-l] COMO GANHAR AMIGOS SEM ENGANAR PESSOAS!
Valeu! Nicolau, Eduardo, Daniel e demais colegas, Boa Noite!
Oi! Giselle, o Livro "Testes com Números e de Habilidade Mental" - Siegfried
Moser - EDIOURO está com a edição esgotada, mas caso não encontre nos "SEBOS",
tenho um disponível para empréstimo e por tempo indeterminado, pois acredito
nas pessoas de boa vontade. Quanto ao probleminha do Ali-Babá, vejam a
engenhosa resolução enviada à punho pela Profa. Leda Maria Paulani, Doutora em
Economia (FEA-USP) e ganhadora do Prêmio USP de Excelência Acadêmica pela sua
tese de doutoramento "Do Conceito de Dinheiro e do Dinheiro como Conceito".
Suponha que "B" abre seu envelope e encontra $20. Ele raciocina da seguinte
maneira: as probabilidades de que "A" tem $10 ou $40 são iguais. Portanto,
minha expectativa de retorno se eu trocar envelopes é (10+40)/2=$25>$20. Para
apostas com tão pouco em jogo, o risco é irrelevante, de modo que trocar é
interessante para mim. Seguindo raciocínio similar, "A" quererá trocar
independentemente de encontrar em seu envelope $10 (já que ela calcula que no
envelope de "B" haverá $5 ou $20, o que resulta numa média de $12,50) ou $40(já
que ela calcula que no envelope de "B" haverá $20 ou $80, o que resulta numa
média de $50). Há porém, alguma coisa errada. As duas partes não podem ficar em
situação melhor se trocarem os envelopes, já que a troca em si não faz com que
cresça a importância em dinheiro. Qual é o raciocínio incorreto? "A" e/ou "B"
devem propor a troca de envelopes?
Uma troca jamais deveria acontecer se ambos, "A" e "B", fossem racionais e
acreditassem que o outro também o fosse. A falha na linha de raciocínio está na
suposição de que a disposição para troca da outra pessoa não revela qualquer
informação. Resolvemos o problema examinando cada vez mais profundamente o que
cada lado pensa sobre o processo de pensamento do outro. Tomemos inicialmente a
visão que "B" tem do pensamento de "A". A seguir, usamos o mesmo processo,
agora da perspectiva de "B", para imaginar o que "A" poderia estar pensando
sobre ele. Finalmente, voltamos a "A" e consideramos o que ela deveria pensar
acerca dos pensamentos que "B" tem sobre os pensamentos que "A" tem sobre "B".
Na verdade, isto tudo parece muito mais complicado do que realmente é. Usando
este exemplo, fica mais fácil acompanhar as várias etapas. Suponha que "A" abre
seu envelope e encontra $160. Neste caso, ela sabe que tem a maior importância
e, portanto, não deseja participar de uma troca. Como "A" não quer trocar
quando tem $160, "B" deve recusar-se a trocar quando tem $80, pois sabe que "A"
só estaria disposta a fazer a troca se tivesse $40, caso em que seria melhor
para "B" ficar com seus $80 originais. Se "B" não quer, porém, trocar quando
tem $80, "A" não deveria querer trocar quando tem $40, já que, neste caso, "B"
só quereria trocar se tivesse $20. Chegamos finalmente à situação concreta de
nosso exemplo. Se "A" não quer trocar os envelopes quando tem $40, nada se
ganhará na troca se "B" encontrar $20 em seu envelope; ele não vai querer
trocar seus $20 por $10. A única pessoa disposta a fazer a troca seria a que
encontrasse $5 em seu envelope, mas, é claro, a outra não aceitaria a proposta.
Um Abraço e Bom Final de Semana para todos!
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