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[obm-l] PARABÉNS! PROF. MORGADO (CAMPEÃO!)



Olá! meus amigos! A nossa lista é mesmo o máximo e como de costume, estamos 
novamente de parabéns pela virada na página da história. Desculpem fugir um 
pouco do objetivo da lista, mas é que o assunto é deveras pertinente, haja 
vista a excelente elucidação do prof. Morgado sobre a "MARGEM DE ERRO" que 
talvez tenha passado despercebida por alguns de vocês. Aproveitando a carona, 
vamos usar uma tabela hipotética para explicar a sua tese: Considerando 
candidatos com percentuais de intenção de voto de 50% e 42% em uma pesquisa com 
margem de erro de 4% (nas pesquisas eleitorais os índices têm variado entre 2% 
e 4%), chegamos a conclusão de que o primeiro candidato pode estar entre 46% e 
54% e o segundo entre 38% e 46%. Observe que aplicando a margem de erro como 
absoluta, os dois candidatos - com uma diferença de oito pontos percentuais 
entre si - poderiam estar, ao mesmo tempo, tecnicamente empatados, com 46% de 
intenção de voto. "Isso é uma hipótese absurda". Acrescentando mais dois 
candidatos à tabela hipotética, um com 10% e outro com 2% de intenção de voto, 
são verificadas outras duas impropriedades. A primeira é que o candidato que 
tem 10% poderia oscilar entre 6% e 14% da preferência do eleitor. "Aplicando a 
margem de erro de 4% de maneira absoluta, esse erro passa a ser de 40% em 
relação aos 10% e não de 4%. A segunda impropriedade está na aplicação da 
margem de erro na intenção de voto do candidato que tem uma preferência 
eleitoral de 2%. De acordo com a aplicação da margem de erro absoluta de 4%, o 
candidato alcançaria uma intenção de votos negativa, entre -2% e 6%, o que é 
impossível. "Não existe preferência negativa. Essa é a grande incongruência 
estatística da margem de erro usada de maneira equivocada. O correto seria 
aplicar o erro em cada um dos resultados em termos relativos. O cálculo é feito 
da seguinte maneira: 4% de 50 = 2%.  50% + - 2% = 48% e 52%. Já o candidato que 
tem 42% da preferência eleitoral, oscilaria entre 40,32% e 43,68%, e não entre 
38% e 46%, o que eliminaria a possibilidade do empate técnico. Seguindo o mesmo 
raciocínio, a intenção de voto do candidato que aparece com 10% passaria a 
variar entre 9,6% e 10,4% e a preferência do eleitor pelo candidato que tem 2% 
estaria entre 1,92% e 2,08%. Observe que "a leitura correta", elimina a 
possibilidade da "preferência negativa" do eleitor pelo último candidato.


Um abraço a todos!




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