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Re: [obm-l] uma questao de Logica




Vacuously true (1) =  verdadeiro por vacuidade (2)
(1) Michaelis
(2) Houaiss


Em Sat, 24 May 2003 15:05:21 -0300 (ART), Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet <peterdirichlet2002@yahoo.com.br> disse:

> Vacuosly true=verdadeira por Vacuosidade (ou "Falta" de Provas)
> 
> Artur Costa Steiner <artur_steiner@usa.net> wrote:
> st1\:*{behavior:url(#default#ieooui) }
> Eh exatamente isto. Mas interessante que eu apresentei esta questao a 10 pessoas, das quais 7 formadas em exatas(engenheiros e economistas) e 3 em humanas. Os formados em exatas afirmaram categoricamente que a direcao da empresa tinha razao e que o DP obviamente nao era do Tipo A. E nao aceitaram de jeito nenhum o argumento do funcionario...
> 
> Apenas uma moca, advogada, eh que achou que, por default, o DP era do tipo A.  Talvez porque ela trabalhe com situacoes em que hah ausencia de provas ou coisas similares. Na duvida, pro-reu.
> 
> A questao do conjunto vazio ser aberto eh interessante. Durante algum tempo eu achei que, segundo a definicao metrica, isto era discutivel, pois, se o vazio nao tem elementos, como pode um de seus elementos ser centro de uma bola aberta?   Mas acacbei me convencendo que ele eh mesmo aberto. Alias, em Topologia, o conjunto vazio, assim como o proprio espaco, sao abertos por definicao, pois pertencem aa topologia definida no espaco. 
> 
> Outra ponto de logica nao muito intuitivo sao as afirmacoes chamadas de “vacuoulsly true” (nunca vi esta expressao em Portugues – seria “verdadeira no vacuo?”), como “Se x eh um numero real e x^2<0, entao x= 54”. Mas, neste caso, eh facil ver que a contrapositiva eh verdadeira. 
> 
> Um abraco
> 
> Artur
> 
>  
> 
>  
> 
> O Depto. de Pessoal (DP) estah correto e apresenta um argumento muito comum em teoria dos conjuntos, especialmente quando o conjunto vazio estah envolvido.
> 
> A fim de provar que o DP nao faz juz ao abono, a direcao deverah apresentar um contra-exemplo: a saber, um engenheiro que trabalhe no DP e que seja formado ha menos de 10 anos. Como nao existe nenhum engenheiro lah, eh impossivel que a direcao apresente tal contra-exemplo.
> 
> Em outras palavras, o funcionario provou que eh impossivel que o DP nao faca juz ao abono. Logo, pelo principio do terceiro (ou meio) excluido, o DP necessariamente faz juz ao abono.
> 
> Um exemplo que deve soar bem familiar: o conjunto vazio eh aberto - a fim de que este nao fosse o caso, deveria haver um elemento no conjunto vazio...
> 
> Um abraco,
> Claudio.
> 
> PS: Desfecho mais provavel do caso: como os diretores nao entendiam nada de logica, o argumento do funcionario do DP soou como um sofisma e uma tentativa de "passar a perna" na empresa. Resultado: o funcionario foi demitido por ter "bancado o engracadinho" e pra servir de exemplo pra outros possiveis "espertalhoes" e o DP nao ganhou um centavo.
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