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Re: OBM 1 Fase.
Realmente, e aproveitando o fato da comparação 1ª X 2ª fases, o que
quero ressaltar é com relação às questões de plana: nos últimos 3 anos, as
questões de plana da segunda e terceira fases têm sido relativamente fáceis
( espero que continuem nesse nível esse ano!:)); citando meu exemplo mais
uma vez, também no processo de preparação para esse ano, resolvi uma grande
quantidade de questões de plana, incluindo uma da IMO do ano passado, todas
do livro Olímpiadas Brasileiras de Matemática, 1ª a 8ª , do Élio Mega; a
maioria das que estavam nas Eureka!s, incluindo a das provas de 98 a 00.
Inclusive, aquela do trapézio ,do ano passado, estava num nível mais baixo
que as desta 1ª fase , pelo menos pra mim...
O que quero dizer, é que, pra mim, as questões de raciocínio/criatividade
estavam legais, mas , de fato, o "conjunto" estava pesado, e , em relação
mais uma vez com a prova do ano passado, cujas questões de plana eram
extremamente simples e necessitavam apenas uma dose de criatividade, tipo
aquelas das circunferências, ou do número de retângulos que se poderia
formar com A e B sendo vértices (17, nível 2 e 3, eu acho), ou a 21 nível 3(
que bastava decompor o hexágono regular em seis triângulos equiláteros),
enfim, estava muito bem preparado para qualquer tipo de questão de pana e,
mesmo assim, fui, de certa forma, surpreendido pelos tipos de questões.
Lembro que eu tava até comentando com uns amigos, dizendo que as provas
da 2ª fase são mais fáceis que a da primeira, e acho que muita gente
compartilha da mesma opinião, mas como chegar na 3ª sem passar pela 1ª? Aí é
difícil :)
>From: "Paulo Jose Rodrigues" <pauloemanu@uol.com.br>
>Reply-To: obm-l@mat.puc-rio.br
>To: <obm-l@mat.puc-rio.br>
>Subject: Re: OBM 1 Fase.
>Date: Tue, 12 Jun 2001 18:25:54 -0300
>
>
>Concordo com Marcelo e Henrique, a prova da 1a fase desse ano foi muito
>mais
>difícil do que a de anos anteriores.
>
>É verdade que não é nada fácil fazer uma prova nesse estilo com a
>dificuldade adequada.
>
>O conjunto de toda a prova foi "pesado", principalmente no nível 1 e
>algumas
>pontos me chamaram atenção:
>
>1) O problema das correntes.
>Um belo problema mas da maneira como proposto inedequado para a 1a fase.
>Esse problema ficaria muito bem numa prova de segunda fase na qual o
>candidato deveria explicar o por que do mínimo. A grande maioria dos alunos
>se limitou a imaginar a situação mais "normal", o que era de se esperar
>para
>uma prova de 1a fase. O único aluno que resolveu a questão disse que já
>conhecia uma parecida.
>
>2) O grande número de problemas comuns aos níveis 2 e 3
>A idéia de colocar problemas comuns em mais de um nível é interessante mas
>nesse caso acredito que o número foi excessivo: 17 problemas.
>
>3) O problema 17 (nível 1) - 14 do nível 2 já caiu exatamente do mesmo
>jeito
>na prova de 99
>
>4) Vários problemas não são tão difíceis mas exageram na linguagem,
>principalmente no nível 1. Por exemplo, o problema 15 do nível 2 (10 nível
>3) fala em "número máximo de regiões". Não seria bom nesse caso um exemplo?
>
>Lembro que realmente não é nada fácil fazer uma prova de 1a fase; nos
>Estados Unidos a prova da 1a fase (AHSME) demora cerca de 2 anos para ser
>elaborado. Aliás, o processo de elaboração dessa prova é descrito no
>prefácio do "The Contest Problem Book VI".
>
>Paulo José
>----- Original Message -----
>From: Marcelo Rufino de Oliveira <marcelo_rufino@hotmail.com>
>To: <obm-l@mat.puc-rio.br>
>Sent: Tuesday, June 12, 2001 3:38 PM
>Subject: Re: OBM 1 Fase.
>
>
> > ----- Original Message -----
> > From: Nicolau C. Saldanha <nicolau@mat.puc-rio.br>
> > To: <obm-l@mat.puc-rio.br>
> > Sent: Tuesday, June 12, 2001 2:11 PM
> > Subject: Re: OBM 1 Fase.
> >
> >
> > >
> > > > Para confirmar o que estou falando, andei comparando algumas
>questões
> > de
> > > > primeira fase da OBM (nível 3) com a da segunda fase dos últimos
>três
> > anos e
> > > > achei que o nível de dificuldade de boa parte das questões das duas
> > fases é
> > > > muito parecido. Como exemplo, colocarei abaixo algumas questões de
>1a.
>e
> > 2a.
> > > > fase de 1999, 2000 e 2001 e gostaria de saber se outros
>participantes
> > desta
> > > > lista também acham que o nível destas questões é semelhante ou não.
>Na
> > minha
> > > > opinião um bom aluno teria a mesma dificuldade em resolver as
>questões
> > > > abaixo, independente da fase.
> > >
> > > Confesso que não entendi bem o seu pensamento neste último parágrafo.
> > > Você está falando de níveis ou fases?
> > >
> > > Outros membros da lista, por favor, queremos ouvir suas impressões.
> > > []s, N.
> >
> > Acho que não fui claro mesmo. Quando eu comparei as questões de 1a.
>fase
> > com as de 2a. fase eu estava querendo mostrar que a segunda fase está se
> > tornando redundante, pois a imensa maioria dos alunos que acertam mais
>de
> > 70% na primeira fase acabam por também acertar a mesma porcentagem na
> > segunda fase e passam para a terceira, e os alunos que fazem entre 50% e
>70%
> > na primeira fase (e passam, pois a nota de corte é mais ou menos 50% das
> > questões) dificilmente conseguem passar para a terceira fase, pois a
>nota
>de
> > corte para a terceira é mais de 70% da prova da segunda fase. Na minha
> > opinião isto ocorre pois o nível de dificuldade (e até o estilo) das
> > questões das duas primeiras fases está muito parecido, implicando que o
> > aluno tenha um desempenho muito semelhante nas duas primeiras fases.
> >
> > Para acrescentar, eu falei hoje pelo telefone com outros professores
>que
> > aplicaram a OBM e eles estavam preocupados pois os resultados dos níveis
>1
>e
> > 2 dos alunos de suas escolas foram muito ruins quando comparados com os
> > resultados do ano passado. Inclusive alunos que tiveram bons resultados
>ano
> > passado (chegaram à terceira fase) reduziram bastante seu percentual de
> > acerto. Sinceramente espero que em outras regiões do Brasil com mais
> > tradição na OBM o resultado tenha sido melhor, pois se manter o que está
> > acontecendo em Belém o resultado não vai ser nada bom.
> >
> > Outra curiosidade foi o que aconteceu no nível 2 em meu colégio, onde
>as
> > maiores notas (por volta de 8 ou 7) foram dos piores alunos da oitava
>série,
> > pois estes sabem chutar as questões (coisa que eu nunca aprendi),
>enquanto
> > que um aluno bom vai tentar resolver o problema e acaba resolvendo
>errado,
> > marcando assim uma alternativa incorreta, mas que ele tinha certeza que
>era
> > a que estava certa (pois ele tentou calcular e chegou a algum dos
>valores
> > que estavam nas alternativas), ou seja, com o nível de dificuldade da
>prova
> > deste ano do nível 2 o bom aluno tem menos chance de acertar do que o
>mal
> > aluno.
> >
> > Até mais,
> > Marcelo Rufino de Oliveira
> >
>
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