1) Decida se cada afirmação a seguir é verdadeira ou falsa e marque com caneta sua resposta no quadro abaixo. Atenção: responda todos os itens, use "N = não sei" caso você não saiba a resposta. Cada resposta certa vale 0.3, cada resposta errada vale -0.2, cada resposta N vale 0. Respostas confusas e/ou rasuradas valerão -0.2.
Itens | V | F | N | |
1.a | V | |||
1.b | F | |||
1.c | V | |||
1.d | V | |||
1.e | V | |||
1.f | F | |||
1.g | V | |||
1.h | V | |||
1.i | F |
1.a) Seja A uma matriz simétrica inversível. Então sua inversa também é simétrica.
Verdadeiro:
Observe que todo autovetor u de A é autovetor de A-1(se
então
).
Portanto, como A é simétrica, possui uma base ortonormal de
autovetores, que também
são autovetores de A-1, e isto carateriza ser simétrica.
Outra forma de justificar, seja B a inversa de A.
Então AB=I=BA. Logo
1.b) O produto de duas matrizes simétricas é uma matriz simétrica.
Falso:
Considere, por exemplo, os produtos
1.c) O produto de duas matrizes ortogonais é uma matriz ortogonal.
Verdadeiro:
Lembre que o fato de uma matriz ser ortogonal está caracterizado
por preservar o produto
escalar, isto é, a matriz A é ortogonal se, e somente se,
Sejam agora A e B matrizes ortogonais. Pelo comentário anterior,
é suficiente verificar que
1.d)
A matriz
Verdadeiro: Se trata de uma matriz simétrica, portanto diagonalizável.
1.e)
A matriz
Verdadeiro:
Observe que se trata de uma matriz simétrica. Portanto, dianalizável.
Como as linhas são proporcionais (a segunda linha é obtida multiplicando
por dois a primeira, e a terceira linha é obtida multiplicando
por três a primeira), o determinante é nulo. Como o determinante
é o produto dos autovalores (contados com multiplicidade), existe um
autovalor nulo.
Os autovetores associados a 0 são os vetores não nulos do plano
1.f)
Seja R uma rotação de
de ângulo
e eixo de rotação a reta r que contém a
origem. Então, para todo vetor não nulo u de
,
se verifica que o ângulo entre u e R(u) é
.
Falso: A afirmação somente é verdadeira se o vetor é perpendicular ao eixo de rotação. Por exemplo, se u é paralelo ao eixo, independentemente do ângulo de rotação, se verifica R(u)=u. Portanto, o ângulo entre u e R(u) é zero.
1.g)
Seja A uma matriz simétrica
e os vetores
u=(1,1,1) e
v=(1,-2,1) autovetores de A cujos
autovalores são 1763 e 23578. Então
(1,0,-1) é um autovetor de A.
Verdadeiro:
Como a matriz é simétrica, possui uma base ortogonal de autovetores.
Como (1,1,1) e (1,-2,1) são autovetores, seu produto vetorial
é um autovetor.
Observe que
1.h)
Seja A uma matriz simétrica
cujo determinante é
30. Suponha que
3 e 5 são autovalores de A.
Então o traço de A é 10.
Verdadeiro:
Sejam ,
e
os autovalores de A.
Temos
1.i)
Suponha que A é uma matriz
tal que A2 é
simétrica.
Então A é simétrica.
Falso:
Considere a matriz
2)
Considere a matriz
Resposta:
(2.a)
Os vetores (a+b,a-b)e (b-a,a+b) devem ser ortogonais e unitários.
Ou seja
(2.b)
Para a segunda parte, se a matriz representa um espelhamento, deve
ser simétrica, ou seja,
3) Estude que tipo de transformações representam as matrizes.
Resposta:
(3.a)
Observe que a matriz
Considere agora a base canônica
e a base
ortonormal
dada por
Observe que
P-1=Pte que
Finalmente, observe que
a matriz C é simétrica, não ortogonal
(o produto escalar das duas primeiras colunas é não nulo),
e tem traço
1/9(8+5+5)=18/9=2.
Logo a matriz C é candidata a representar uma projeção
em um plano (espelhamentos e rotações correspondem a matrizes ortogonais,
e projeções ortogonais em um uma reta têm traço 1).
Em tal caso,
C(1,0,0) e C(0,1,0) pertencem ao plano de projeção,
logo (4,1,1) e (2,5,-4) seriam dois vetores paralelos ao plano.
Verifiquemos que
C(4,1,1)=(4,1,1) e
C(2,5,-4)=(2,5,-4):
(3.b)
A matriz A é semelhante a matriz de rotação E que não é diagonalizável. Portanto, A não é diagonalizável.
Finalmente, a matriz C é simétrica, portanto diagonalizável.
Como seus autovalores são 0 (simples) e 1 (de multiplicidade 2),
uma forma diagonal de C é:
4)
Considere as bases
e
de
.
Considere também a base canônica
de
.
Determine:
Resposta
(4.a)
Lembre que se
é uma base, a matriz de mudança de base
da base
à base canônica tem por colunas os vetores da
base
expressados na base canônica.
Portanto,
(4.b)
Finalmente, para calcular a mudança de base da base
à
base
faremos o seguinte:
5)
Considere a matriz
Resposta:
(5.a)
Para determinar os autovalores há duas possibilidades. A primeira é
calcular o polinômio característico da matriz:
Outra possibilidade, especialmente se v. não gosta de polinômios
característicos, é calcular os autovetores de 3, para isto
devemos resolver o sistema,
(5.b)
Os cáculos feitos acima implicam que (1,-1,0) é um autovetor de 3 e
(1,1,1) é um autovetor de 0. Como A é simétrica, seu produto
vetorial
é um autovetor de A (necessariamente
associado a 3).
Normalizando obtemos uma base ortonormal de autovetores de A:
(5.c)
Uma forma diagonal D de A terá a diagonal formada pelos autovalores de
A considerados com multiplicidade. Por exemplo,
(5.d)
Considerando D como no acima, as colunas de P são os autovetores
associados a 0, 3 e 3. Ou seja