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P2 de Álgebra Linear I - 2001.1

Data: 16 de maio de 2001.

Gabarito

1) Considere os vetores

\begin{displaymath}u_1=(1,1,1),
\quad
u_2=(1,1,0),
\quad
u_3=(3,3,2),
\quad
u_4=(2,2,2)
\end{displaymath}

e o subespaço vetorial V gerado por u1, u2, u3e u4.

a) Determine uma base $\beta$ de V.
b) Determine uma base ortogonal $\beta^\prime$ de V.
c) Determine uma base ortogonal $\beta^{\prime \prime}$ de $\mathbb{R} ^3$que contenha $\beta^\prime$.
d) Veja se (2,2,4) pertence a V.
e) Escreva o vetor (5,5,3) como combinação linear dos vetores da base $\beta$.


Resposta:

Como os vetores u1 e u2 não são paralelos (proporcionais) eles são linearmente independentes.

O vetor u3 é combinação linear de u1 e u2. Isto pode ser verificado de duas formas. Veja que o determinante com linhas as coordenadas dos vetores u1, u2 e u3 é nulo. Ou escreva

\begin{displaymath}u_3= x\, u_1 + y\, u_2.
\end{displaymath}

Temos

\begin{displaymath}3=x+y,\quad
3=x+y,
\quad
2=x.
\end{displaymath}

Logo a solução é $u_3= 2\, u_1 +u_2$.

Obviamente o vetor u4 é combinação linear de u1 e u2( $u_4=2\,u_1 +0\, u_2$).

Portanto, uma base é $\beta=\{u_1,u_2\}$.


Para determinar $\beta^\prime$ determinamos a equação cartesiana de V. Como V é um plano e seu vetor normal é $u_1\times u_2=
(-1,1,0)$ a equação cartesiana é x-y=0. Por exemplo, (0,0,1) e (1,1,0) formam uma base ortogonal de V.


A base $\beta^{\prime \prime}$ já esta determinada (é suficiente acrescentar o vetor normal do plano à base $\beta^\prime$) $\{(0,0,1),(1,1,0), (1,-1,0)\}$.


Como 2-2=0, o vetor (2,2,4) verifica a equação cartesiana de V, logo está em V.


Fazemos,

\begin{displaymath}(5,5,3)= x\, u_1 + y\, u_2.
\end{displaymath}

Temos

\begin{displaymath}5=x+y,\quad
5=x+y,
\quad
3=x.
\end{displaymath}

Logo x=3 e y=2, isto é, $(5,5,3)=3\, (1,1,1)+2(1,1,0)$.

2) Considere as transformações lineares

\begin{displaymath}T(x,y)=(x+3y, 2x +4y),
\quad
S(x,y)=(5x+7y, 6x +8y).
\end{displaymath}

Determine explicitamente as matrizes das transformações lineares T, S, $T\circ S$ e $S\circ T$.


Resposta: Temos T(1,0)=(1,2), T(0,1)=(3,4), S(1,0)=(5,6)e S(0,1)=(7,8). Logo

\begin{displaymath}[T]=
\left(
\begin{array}{cc}
1 &3\\
2 &4
\end{array}\right)...
...[S]=
\left(
\begin{array}{cc}
5 &7\\
6 &8
\end{array}\right).
\end{displaymath}

Para calcular os produtos,

\begin{displaymath}[T\circ S]
=
\left(
\begin{array}{cc}
1 &3\\
2 &4
\end{array...
...ft(
\begin{array}{cc}
23 &
31
\\
34&
46
\end{array}\right).
\end{displaymath}

De forma análoga temos,

\begin{displaymath}[S\circ T]
=
\left(
\begin{array}{cc}
5 &7\\
6 &8
\end{array...
...
\left(
\begin{array}{cc}
19 &43\\
22 &50
\end{array}\right).
\end{displaymath}

3) Considere a transformação linear $T\colon \mathbb{R} ^2 \to \mathbb{R} ^2$definida como a projeção ortogonal na reta $r\colon \{(t,3t), \, t\in \mathbb{R}\}$.

a) Determine a matriz de T.
b) Calcule T(1,3) e T(-3,1).


Resposta: Temos que $n=\frac{1}{\sqrt{10}}(1,3)$ é um vetor normal unitário da reta de projeção. Logo

\begin{displaymath}T(v)= (v\cdot n) \, n.
\end{displaymath}

Portanto,

\begin{displaymath}T(1,0)=\frac{1}{10}(1,3),
\quad
T(0,1)=\frac{3}{10}(1,3).
\end{displaymath}

Logo

\begin{displaymath}[T]=
\left(
\begin{array}{cc}
1/10 &3/10\\
3/10 &9/10
\end{array}\right).
\end{displaymath}

Finalmente, para calcular T(1,3) e T(-3,1) temos duas possibilidades, ou aplicamos a matriz ou vemos que, como (1,3) é o vetor diretor da reta onde projetamos, então T(1,3)=(1,3), e que, como (-3,1) é o vetor normal da reta, temos T(-3,1)=(0,0).

4) Considere o vetor $v_0=(1,1,1)\in \mathbb{R} ^3$ e defina a transformação linear

\begin{displaymath}T\colon \mathbb{R} ^3 \to \mathbb{R} ^3,
\quad T(v)=v\times v_0.
\end{displaymath}

a) Determine o conjunto dos vetores v tais que T(v)=0.
b) Estude se existe algum vetor v tal que T(v)=v0.
c) Estude se existe algum vetor v tal que T(v)=v.
d) Determine a forma geral de T e sua matriz [T].
e) É T inversível?


Resposta: 0 conjunto dos vetores v tais que T(v)=0são os vetores paralelos a v0. Ou seja os vetores da forma (t,t,t), $t\in \mathbb{R} $.

Não existe nenhum vetor v tal que T(v)=v0, pois T(v) é sempre ortogonal a v0.

Não existe nenhum vetor não nulo v tal que T(v)=v, pois T(v) é sempre ortogonal a v. Obviamente, o caso trivial trivial v=0 verifica T(v)=0. Temos

\begin{displaymath}T(1,0,0)=(0,-1,1),
\quad
T(0,1,0)=(1,0,-1),
\quad
T(0,0,1)=(-1,1,0).
\end{displaymath}

Logo

\begin{displaymath}[T]=
\left(
\begin{array}{ccc}
0 & 1 &1\\
-1 & 0 &-1\\
1 & -1 &0
\end{array}\right),
\quad
T(x,y,z)=(y+z,-x-z,x-y).
\end{displaymath}

A matriz T não é inversível. Isto pode ser visto de duas formas diferentes. Ou calculando seu determinante e vendo que é zero. Ou vendo que T não é injetiva ( T(1,1,1)=T(0,0,0)=(0,0,0)), e portanto não tem inversa.



 
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Lorenzo J. Diaz
2001-05-21