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 Olá, 
Arthur 
Bem, o 
surgimento dos complexos não se deu para resolver equações de segundo grau. Na 
verdade até cerca de 1600, 1650 (surgimento dos cartesianos) ainda não se 
aceitavam sequer os números negativos como solução de equação, somente valores 
que poderiam corresponder a grandezas físicas, como volume, massa, comprimento 
eram aceitos, ou seja positivos, isto talvez pela influência grega.Exceto ,é 
claro, em situações comercias, onde o negativo era visto como 
dívida. 
Cardano ao usar a fórmula de Tartaglia (muitos chamam erroneamente de 
"formula de Cardano") para resolver a equação x^3=4+15x, na qual 4 é 
raiz chegou em x=(2+sqrt(-121))^1/3+(2-sqrt(-121))^1/3, ao se deparar com 
sqrt(-121), travou. Somente mais tarde, Bombeli, teve a idéia de operar estes 
números com as propriedades dos reais mais a definição de que i^2=-1 (obrigado, 
Morgado!) para fazer aparecer o bendito 4 como solução. 
A 
terminologia, para estes números passou por: sofisticos, misticos e 
imáginários(acho que alguns outros..). Somente em 1830 - 
complexos. 
Um 
detalhe: Cardano foi o que mais evitou as raízes de negativos, em seu 
livro "De regula Aliza" , ele tentou criar vários artifícios para não ter que 
usar as tais raízes para a resolução de equações cúbicas, mais de 300 anos 
depois Capelli provou que os artifícios eram válidos para casos 
particulares. 
O 
fechamento do campo complexo foi outra polêmica, foi de Bombelli até Euler.A 
popularização se deu por Gauss, e um outro que não me lembro...Gauss provou que 
os complexos eram suficientes por si, e também necessários, conforme o Teorema 
Fundamental da Algebra. 
Abraços 
Edu 
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